No início do mês, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu um homem de 23 anos por crimes de roubo e coação na região. Segundo as investigações, ele fingia ser um mendigo para ameaçar, roubar e extorquir dinheiro de frequentadores e comerciantes da QI 5, no Gilberto Salomão, no Lago Sul.
“Atribuo isso [sensação de insegurança] muito àquela estatística mentirosa de que o Lago Sul é o bairro mais rico do Brasil”, avalia a presidente do Conselho Comunitário do Lago Sul Natanry Osório, 84 anos.
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Levantamento FGV
A presidente do Conselho Comunitário da região se refere a um levantamento realizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) Social responsável por apontar que caso fosse um município, o Lago Sul seria o mais rico do país.
Segundo o Mapa da Riqueza, a renda média do morador do Lago Sul é de R$ 23,1 mil. O segundo município a aparecer no ranking nacional é Nova Lima (MG), onde a remuneração média é de R$ 8,8 mil.
Também na região, a média de patrimônio concentrado pelos moradores é de R$ 1,4 milhão. O valor é maior que a média de todo o DF: R$ 95 mil.
A renda média per capita — por pessoa — na região administrativa do Distrito Federal é três vezes maior do que a do município que ficaria em segundo lugar.
O estudo utilizou dados do Imposto de Renda de Pessoas Físicas (IRPF) e da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua.
“Vem aquela fantasia e isso atrai meliantes, ladrões. Vamos para o bairro milionário, lá vai ser fácil para a gente roubar”, lamenta Natanry.
Dados SSP
Dados mais recentes da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) apontam que ao menos seis crimes contra o patrimônio foram registrados no Lago Sul em fevereiro deste ano. Em 2022, no mesmo mês, foram apenas duas ocorrências entre o somatório de roubos a transeunte; de veículo; em coletivo; em comércio; em residência e furto em veículo.
Procurada, a pasta não respondeu ao pedido de divulgação dos dados referentes ao mês de março deste ano. O levantamento ainda não foi publicado.
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