As entidades estrangeiras teriam que ter edições em italiano de todos os regulamentos internos e contratos de trabalho, de acordo com um projeto de lei visto pela CNN.
“Não é só uma questão de moda, como as modas passam, mas a anglomania repercute na sociedade como um todo”, afirma o projeto de lei.
O primeiro artigo da legislação garante que mesmo em escritórios que lidam com estrangeiros não falantes de italiano, o italiano deve ser o idioma principal usado.
O artigo 2 tornaria o italiano “obrigatório para a promoção e uso de bens e serviços públicos no território nacional”. Não fazer isso pode gerar multas entre 5.000 (R$ 27,5 mil) e 100.000 (R$ 550 mil).
De acordo com a proposta de lei, o Ministério da Cultura estabeleceria um comitê cujo mandato incluiria “o uso correto da língua italiana e sua pronúncia” nas escolas, mídia, comércio e publicidade.
A medida para proteger a língua italiana se junta a uma oferta existente do governo para proteger a culinária do país, que proíbe a chamada cozinha sintética ou baseada em células devido à falta de estudos científicos sobre os efeitos dos alimentos sintéticos, bem como “para salvaguardar o patrimônio de nossa nação e nossa agricultura baseada na dieta mediterrânea”, disse o ministro Orazio Schillaci em entrevista coletiva.
Na semana passada, os ministros da Cultura e Agricultura da Itália inscreveram oficialmente a culinária italiana na candidatura ao status de Patrimônio Mundial da Unesco, que será decidido em dezembro de 2025.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Governo da Itália quer penalizar uso de palavras em inglês para preservar a língua italiana no site CNN Brasil.