Neste domingo, 2, o procurador-geral da Suíça abriu uma investigação sobre a compra do Credit Suisse pelo banco UBS. A ação busca averiguar possíveis violações da lei criminal por parte de funcionários do governo, reguladores e executivos dos dois bancos. O UBS concordou em comprar o banco rival suíço Credit Suisse em uma fusão forçada para evitar uma crise no mercado bancário global. Segundo a procuradoria, existem diversos fatores envolvendo o banco suíço que justificam a investigação. “O Gabinete do Procurador-Geral deseja cumprir proativamente seu mandato e responsabilidade de contribuir para um sistema financeiro suíço limpo e montou um sistema de monitoramento para que possa agir imediatamente sobre quaisquer questões que caiam em sua área de responsabilidade”, afirmou órgão em comunicado ao mercado. Contudo, não houve indicação de qualquer aspecto que acordo que poderia ser alvo de investigação.
O Credit Suisse vem recebendo aportes de assistência emergencial do banco central da Suíça. A instituição ofereceu um empréstimo de liquidez de emergência de até 100 bilhões de francos suíços. Além disso, o Credit Suisse ainda pode sacar mais 100 bilhões de francos de financiamento por meio de um backstop de liquidez pública. A crise do banco foi desencadeada após o acionista majoritário se negar a elevar sua participação no banco por questões regulatórias. O Credit Suisse tem apresentado riscos de liquidez em suas operações. Entre outubro e dezembro do ano passado, foram retirados cerca de US$ 118 bilhões dos cofres da empresa, por conta de escândalos que mancharam a credibilidade do banco. De acordo com relatórios internacionais, a liquidez do banco atualmente varia em patamar próximo e abaixo de níveis estabelecidos por reguladores.