A partir de ocorrências registradas dentro e fora de escolas, a SSP-DF mapeou 60 unidades de ensino que receberão maior atenção das forças de segurança neste momento. Os nomes das unidades não serão divulgados por questões de segurança.
As quatro companhias de Batalhão Escolar da PMDF irão se dividir para atuar com maior foco nesses colégios. “O Batalhão será essencial nas ações programadas e contará com o reforço no policiamento ostensivo com policiais do Serviço Voluntário Gratificado (SVG). Além disso, estão sendo realizadas visitas técnicas nas unidades escolares mais vulneráveis, com apoio de batalhões de área”, afirmou a SSP-DF.
O sistema de Inteligência da Segurança Pública da capital federal também vai fortalecer o monitoramento da Deep Web e de perfis em redes sociais que propagam ou fazem apologia à violência nas escolas.
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O secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar, disse que as medidas programadas pela pasta são “uma ação estratégica e preventiva, planejada a partir de levantamentos de Inteligência, com monitoramento feito pelos setores de Inteligência da SSP-DF e das forças de segurança”.
“Haverá reforço do policiamento e aumento da presença do Estado nas imediações de unidades de ensino e, ainda, de resposta rápida em caso de ameaças e de emergência, garantindo a tranquilidade à comunidade escolar e à população do DF. Importante destacar que esta é uma ação de governo, que envolve outros segmentos, como a Secretaria de Educação, e temos total apoio e confiança do governador Ibaneis Rocha”, disse.
Se forem identificadas ameaças ou outros tipos de crime, a PCDF tratará os casos com prioridade por meio de protocolos operacionais e fluxos de informação que envolvem as delegacias Eletrônica (DE), de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), da Criança e do Adolescente (DCA), de Operações Especiais (DOE), além do Instituto de Identificação (II) e das unidades circunscricionais, que auxiliarão nos atendimentos emergenciais.
Em iminente ameaça de crimes, os Batalhões Escolares da PMDF reforçarão o trabalho de visita técnica nas unidades escolares.
A comandante dos Batalhões Escolares, tenente-coronel Renata Cardoso, explicou como funciona esse protocolo: “Nessas visitas, conversamos com os dirigentes da unidade, e orientamos sobre a necessita de efetuar o registro de ocorrência policial, identificação do aluno, para aplicação das medidas de responsabilização, conforme prevê a legislação”.
Sete apreendidos
Nas duas últimas semanas, sete adolescentes foram apreendidos no DF por fazerem ameaças de massacre ou alarde sobre falsos ataques.
As apreensões foram realizadas pela Polícia Civil do DF (PCDF) e Polícia Militar do DF (PMDF). Segundo a SSP-DF, os jovens vão responder por atos infracionais análogos à contravenção de falso alarme e crime de ameaça.
Um total de 13 procedimentos foi instaurado nos últimos dias envolvendo possíveis atentados em escolas do DF. Segundo a SSP-DF, além dos autores de ameaças, quem propaga ou compartilha informações dessa natureza poderá ser alvo de processo.
“Quem for identificado propagando ou compartilhando ameaças, trotes ou crimes relacionados será responsabilizado criminalmente”, afirmou a pasta.
Além da PMDF e da PCDF, o Departamento de Trânsito do DF (Detran-DF) e o Corpo de Bombeiros Militar do DF (CBMDF) farão parte da força-tarefa contra crimes nas escolas.
As forças de segurança reforçarão o trabalho nas proximidades dos colégios com atuações como blitzes, por exemplo.
“A presença mais forte dos operadores de Segurança Pública contribui para inibir ações criminosas e impacta diretamente na sensação de segurança da população. Se for necessário, convidaremos outros órgãos para integrar a ação”, disse o secretário de Segurança Pública do DF.
Últimos casos
Em um intervalo de nove dias, dois casos de violência em escolas chocaram o Brasil. Em 5 de abril, um rapaz invadiu a Creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau (SC), matou quatro crianças e deixou outras quatro feridas.
No dia 27 de março, um estudante de 13 anos matou uma professora esfaqueada e deixou outras quatro pessoas feridas, na Escola Estadual Thomazia Montoro, em São Paulo.
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