Privacidade em risco: ex-funcionários da Tesla revelam práticas chocantes

Numa grande investigação da agência Reuters, que entrevistou 12 ex-funcionários da empresa detida por Elon Musk, foi descoberto que os vídeos, que supostamente servem unicamente para ajudar a empresa a otimizar os seus serviços, são fonte de entretenimento interno dos funcionários.

"Foi uma violação de privacidade, para ser honesto", revelou um dos ex-funcionários entrevistados pela Reuters. "Os vídeos eram compartilhados entre os funcionários como uma forma de diversão e não tinham relação com o trabalho em si".

A prática de compartilhar vídeos captados pelas câmeras dos veículos da Tesla, que são usadas para recursos como o Autopilot, foi confirmada por diversos ex-funcionários da empresa. Alguns relataram ter visto vídeos de clientes fazendo atividades pessoais dentro de seus carros, como lavar roupas ou brincar com seus filhos.

Apesar de a Tesla afirmar que os dados dos veículos são coletados de forma anônima e usados apenas para aprimorar os recursos de segurança e conveniência, a investigação da Reuters levantou preocupações sobre a privacidade dos clientes e a forma como os dados são tratados internamente na empresa.

A Tesla não se pronunciou sobre as acusações feitas pelos ex-funcionários entrevistados pela Reuters, mas destacou em seu relatório de transparência de privacidade que "a privacidade do cliente é uma prioridade fundamental" e que os dados coletados são usados apenas para melhorar os serviços e garantir a segurança dos veículos.

No entanto, o caso levanta questões importantes sobre a privacidade dos dados de veículos conectados e como as empresas lidam com essas informações sensíveis. É um lembrete para os consumidores de estarem cientes das práticas de privacidade das empresas automotivas e de como seus dados são tratados.