"É fundamental (discutir meio ambiente com a China). O mundo não tem como não fazer essa discussão, e a própria China vem fazendo anúncios que são interessantes do ponto de vista do enfrentamento da questão da adaptação e, principalmente, da mitigação", disse a ministra ao Metrópoles.
"São processos diferentes daqueles que acontecem no Brasil e em outros países, mas que são igualmente relevantes para os nossos governos, sobretudo no que concerne à transição energética", emendou Marina, ainda se referindo às iniciativas chinesas destinadas a reduzir as emissões de carbono.
Marina adotou tom diplomático ao falar dos problemas ambientais do país de Xi Jinping. "A China, por questões materiais e históricas, tem dificuldades com suas fontes de energia limpa, mas tem feito um esforço muito grande para poder ampliar a energia limpa na sua matriz energética", avaliou a ministra.
Ela disse esperar, como resultado da viagem, "a ampliação da parceria" entre Brasil e China. "(São) dois países em desenvolvimento com muita potencialidade na agenda do clima, de floresta, de transição energética. Os presidentes vão fazer anúncios, e a expectativa é de que se possa sair daqui aprofundando os acordos bilaterais no campo da tecnologia, principalmente pensando no campo da transição energética", declarou. "Esperamos sair daqui com uma boa ampliação dessa histórica e importante parceria."
Marina Silva evitou responder se, durante a visita de Lula, o governo chinês anunciará aportes de recursos nos fundos destinados à proteção do meio ambiente no Brasil. "Qualquer anúncio será feito pelos presidentes", desconversou.