Fonte: AgĂȘncia Câmara de NotĂcias
A Comissão Especial Sobre ViolĂȘncia Obstétrica e Morte Materna da Câmara dos Deputados discute nesta terça-feira (18) o sistema de saĂșde no contexto da violĂȘncia obstétrica e morte materna. O debate foi solicitado pela deputada Soraya Santos (PL-RJ), que preside o colegiado.
Segundo Soraya Santos, o estudo "Mulheres brasileiras e gĂȘnero nos espaços pĂșblico e privado", feito em 2010 pela Fundação Perseu Abramo, em parceria com o Sesc, mostrou que a violĂȘncia obstétrica se efetivou para 1 em cada 4 mulheres no Brasil. "Importante ressaltar que a maioria das mulheres relataram ter feito acompanhamento na rede pĂșblica, o que fortalece mais ainda a importância de se entender quais fatores estão levando à perpetração de tal violĂȘncia", afirmou.
A deputada explica que a comissão especial foi reinstalada para identificar boas prĂĄticas no combate à violĂȘncia obstétrica, debater e propor polĂticas pĂșblicas sobre o tema, acompanhar o aumento de denĂșncias e a alta taxa de morte materna no Brasil, bem como conceituar a violĂȘncia obstétrica e seus efeitos na preservação dos direitos das mulheres.
São considerados violĂȘncia obstétrica situações como o abuso fĂsico e verbal de mulheres por parte de profissionais de saĂșde e a falta de acesso a serviços e direitos essenciais, como o pré-natal e um acompanhante durante o parto.
O plano de trabalho do colegiado, aprovado na semana passada, inclui a realização de audiĂȘncias com médicos especialistas e secretĂĄrios de SaĂșde, além de visitas técnicas. A relatora é a deputada Any Ortiz (Cidadania-RS).
Foram convidados os secretĂĄrios estaduais de saĂșde do Rio de Janeiro, Luiz Antonio de Souza Teixeira JĂșnior; de Santa Catarina, Carmen EmĂlia BonfĂĄ Zanotto; de Roraima, CecĂlia Smith Lorenzon; e da Bahia, Roberta Silva de Carvalho Santana.
O debate serĂĄ realizado às 15 horas, no plenĂĄrio 9.