O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), será investigado pela Polícia Federal (PF) por um suposto envolvimento em um esquema de corrupção em uma fundação estadual. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizou que a PF abra um inquérito para apurar a denúncia feita pelo delator Marcus Vinícius Azevedo Silva, que é empresário e ex-assessor do governador. A decisão foi tomada pelo ministro Raul Araújo e os supostos crimes teriam sido cometidos quando Castro ainda era vereador e vice-governador do Estado. O pedido de investigação foi feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao STJ em novembro do ano passado. O governador do Rio de Janeiro é suspeito, junto com outros mais de 20 acusados, de crimes como organização criminosa, fraude em licitações, corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato. As suspeitas de corrupção giram em torno de contratos firmados pela Fundação Leão XIII, que na época era comandada por Castro. Uma das empresas contratadas teria pago propina ao atual governador.
Imagens que fazem parte da investigação mostram o político, que na época era vice-governador, indo até a sede desta empresa, na Barra da Tijuca, zona Oeste da capital fluminense, com uma mochila. O delator acusa Castro de receber R$ 120 mil reais em propina. O dinheiro teria sido colocado na mochila carregada pelo político. O governador do Rio de Janeiro nega as acusações e move uma ação na Justiça contra Marcus Vinícius por denunciação caluniosa. Castro alega ainda que houveram uma série de irregularidades na delação premiada firmada pelo empresário. O Palácio Guanabara, sede do governo do Estado do Rio de Janeiro, informou que o chefe do Executivo não está sendo denunciado e nem indiciado já que o Ministério Público não encontrou nenhum elemento capaz de vincular a ele qualquer tipo de irregularidade.
*Com informações do repórter Rodrigo Viga