O vice-governador Barbosinha defendeu, nesta terça-feira (18), em BrasÃlia, onde participou de encontro com o presidente LuÃs Inácio Lula da Silva, ministros de Estado e representantes dos Poderes, "famÃlias mais analógicas, menos digitais" como uma das alternativas para enfrentar o clima de insegurança que predomina na rede escolar do PaÃs. Ele e o secretário estadual de Educação, Hélio Daher representaram o Governo de Mato Grosso do Sul no encontro, realizado no Palácio do Planalto.
"Foi muito importante essa participação, nem tanto pelo anúncio de aporte de recursos, mas, principalmente, pelo alerta de que precisamos ter famÃlias mais analógicas, menos digitais, onde os pais conheçam os filhos que têm em casa, possam estabelecer uma nova relação de valores", avaliou o vice-governador.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, no encontro com os governadores, prefeitos, dirigentes de entidades municipais, do Senado e do Judiciário, que há uma predominância na pregação da violência no ambiente da internet, e que a sociedade e as famÃlias devem assumir a responsabilidade pelo processo educacional de crianças e adolescentes. Ele defendeu que as plataformas digitais devem ser responsabilizadas pelo conteúdo que ajudam a disseminar.
"No caso de Mato Grosso do Sul, mostramos que desde 2017 o Estado vem adotando programas inovadores, como o "Escola Segura, FamÃlia Forte", cujos resultados, acompanhados pelo Banco Mundial, demonstram sucesso, tanto do ponto de vista de segurança como do aprendizado na sala de aula, melhoramos nossos Ãndices em português e matemática, por exemplo", citou Barbosinha.
"Desde o começo dessa onda, o governador Eduardo Riedel tem nos orientado a atuar junto aos prefeitos e secretários de Educação envolvidos nesse debate para que estejam alertas. Nossas forças de Segurança e os órgãos de controle estão preparados para atuar fortemente, monitorando as redes sociais, mas a famÃlia também precisa acompanhar os filhos nessa ação", acrescentou o secretário Hélio Daher.
O governo federal anunciou um programa de fomento para implementação de ações integradas de proteção ao ambiente escolar. As medidas somam R$ 3,115 bilhões para infraestrutura, equipamentos, formação e, principalmente, apoio e implantação de núcleos psicossociais nas escolas.
Para o vice-governador Barbosinha, conter o avanço das drogas, os crescentes casos envolvendo a Saúde Mental e cuidar mais da famÃlia são o melhor alento nesse momento. O Estado enquanto Nação, segundo ele, ainda se mostrava ausente na questão desse enfrentamento. "A escola como ambiente de aprendizado e interação exige o comportamento adequado de todo o conjunto familiar. PolÃticas públicas impõem mais investimentos na educação, no social e na saúde pública, além da própria segurança", concluiu.