A alegação do Ceará se baseou em um áudio do presidente da Federação Pernambucana, Evandro Carvalho, no qual ele diz que teria sido emitida uma carga de 40 mil ingressos, mesmo com o estádio comportando 26 mil. O presidente do Ceará, João Paulo Silva, usou o termo 'risco de tragédia' para protestar e pedir um adiamento à CBF. Um ofício, inclusive, teria sido enviado pelo clube para o departamento de competições da entidade, mas que foi negado no Rio.
No meio da tarde, para solucionar a questão, houve uma reunião com os presidentes dos dois clubes e também com os representantes das duas federações envolvidas, de Pernambuco e do Ceará. Segundo o presidente do Sport, Yuri Brandão, tudo foi bem esclarecido e houve a concordância para a manutenção do jogo.
O áudio vazado na imprensa, segundo os dirigentes do Sport, teria sido uma conversa informal do presidente da Federação, que recebeu muitos pedidos para cessão de ingressos-cortesia, bem como, desde o início, queria fazer esta decisão na Arena Pernambuco, com maior capacidade de público e com mais segurança.
Da carga de 26 mil ingressos, três mil foram destinados à torcida cearense. Os 23 mil restantes foram comprados pelos torcedores locais em menos de dez horas pela internet. A Ilha do Retiro vai estar lotada, o que preocupa os homens da Polícia Militar responsáveis pela segurança, tanto externa como interna.
O Ceará venceu o primeiro jogo por 2 a 1, na Arena Castelão, por isso joga pelo empate para ser tricampeão. O Sport precisa vencer por dois gols de diferença para ser tetracampeão ou ganhar por um placar mínimo e levar a decisão do título para a cobrança dos pênaltis.