"Sinceramente, não esperava este recorde. Mas quando o dardo sai da mão, você já percebe que vai vir uma marca boa. Estou muito feliz, até porque acho que dá para melhorar ainda mais", comemorou a atleta, em depoimento ao Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).
Sim, a Beth Gomes quebrou outro recorde mundial!😱
Vem ouvir o que a nossa campeã falou depois de mais um dia especial.🎙️
Além dessa marca, tivemos outras 2 quebras de recorde das Américas e 5 de recordes brasileiros.👏🥇#LoteriasCaixa pic.twitter.com/mtnWSzW3Q0— Comitê Paralímpico Brasileiro (@cpboficial) May 7, 2023
O ano tem sido exitoso para a atleta de 58 anos, mesmo após ter passado por uma reclassificação funcional do Comitê Paralímpico Internacional (IPC) que a inseriu na classe F53. A banca da entidade justificou a mudança após avaliar a funcionalidade dos membros da atleta, concluindo que ela teria tônus muscular no tronco podendo competir numa classe acima.
A segunda etapa do Circuito Loterias Caixa foi a última oportunidade de os atletas atingirem o índice para classificação ao Mundial de Paris, programado para o período de 8 a 17 de julho. Além da atleta, o país poderá levar até 50 competidores, independente do gênero. A convocação deve sair após 15 de maio.
"Tivemos a confirmação de bons resultados de vários atletas, com índices para o Mundial ou boa classificação no ranking internacional", afirmou João Paulo Cunha, coordenador do atletismo no Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).
Diagnosticada com esclerose múltipla em 1993, Beth Gomes estava desde 2018 na classe F52 (maior comprometimento motor). Foi nesta classe que ela faturou o ouro na Paralimpíada de Tóquio e superou recordes mundiais (disco e arremesso de peso) que seguem vigentes.
O recorde anterior da atleta ainda não consta no site do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês). A marca divulgada pela entidade foi estabelecida durante os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, pela ucraniana Iana Lebiedieva, que, na ocasião, realizou o lançamento de 11,89m.