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Lula volta a defender no G7 reforma do Conselho de Segurança da ONU; ele disse que o conselho está mais paralisado do que nunca

@Ricard0 Stuckert/PR Priscila Mazenotti/Agência Brasil Em discurso durante sessão de trabalho do G7, no Japão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender a reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

Por Midia NAS em 21/05/2023 às 12:14:24
Hiroshima, Japão. 21.05.2023 – Presidente da Republica, Luiz Inacio Lula da Silva, presidente dos EUA, Joe Biden , e do primeiro-ministro do Vietnã, Ph?m Minh Chính. A vinda ao G7 Foto: Ricardo Stuckert/PR – Foto Ricardo Stuckert/ PR

O presidente voltou a pedir uma solução baseada no diálogo para o conflito na Ucrânia e a criação de um espaço para negociações. Destacou outros conflitos que ocorrem fora da Europa e que merecem também mobilização internacional. "Israelenses e palestinos, armênios e azéris, cossovares e sérvios precisam de paz. Yemenitas, sírios, líbios e sudaneses, todos merecem viver em paz", afirmou.

Ele defendeu ainda a necessidade de ratificação do Tratado para a Proibição de Armas Nucleares. "Não são fonte de segurança, mas instrumento de extermínio", disse. "Enquanto existirem armas nucleares, sempre haverá a possibilidade de seu uso", completou.

Guterres

Após a sessão de trabalho, Lula conversou por cerca de meia hora com o secretário-geral da ONU, António Guterres. Mais uma vez, lembrou o fato de o conflito na Ucrânia não estar sendo tratado no âmbito do Conselho de Segurança da ONU e reforçou a necessidade de reforma do órgão.

Meio ambiente foi outro tema do encontro. Lula falou sobre a Cúpula da Amazônia, que ocorrerá em Belém (Pará) em agosto. Guterres garantiu que vai apoiar a iniciativa brasileira de criação de um grupo de cooperação formado por nações amazônicas, Indonésia e República Democrática do Congo, países que têm grandes florestas.

Agenda

Em reuniões bilaterais, o presidente teve encontros com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi. A relação entre os dois países foi o assunto. "Países da maior relevância para o desenho de uma nova geopolítica global", disse Lula.

Hiroshima, Japão. 21.05.2023 - Presidente da Republica, Luiz Inacio Lula da Silva e primeiro ministro da Índia, Narendra Modi. Foto: Ricardo Stuckert/PR
Hiroshima, Japão. 21.05.2023 – Presidente da Republica, Luiz Inacio Lula da Silva e primeiro ministro da Índia, Narendra Modi. Foto: Ricardo Stuckert/PR – Foto Ricardo Stuckert/ PR

A Índia é o quinto maior parceiro comercial do Brasil. Em 2021, o comércio entre os dois países chegou ao maior resultado da história: US$ 15,1 bilhões. Nesse mesmo ano, o Brasil exportou mais de US$ 6 bilhões para a Índia e importou US$ 8,8 bilhões em produtos indianos.

No encontro com o primeiro-ministro do Vietnã, Pham Minh Chinh, as conversas giraram em torno da necessidade de aumento do comércio entre os dois países e na cooperação em áreas como ciência e tecnologia, inclusive com a possibilidade de um acordo entre Vietnã e Mercosul.

Hiroshima, Japão. 21.05.2023 - Presidente da Republica, Luiz Inacio Lula da Silva durante encontro com o primeiro ministro do Vietnã, Ph?m Minh Chính. Foto: Ricardo Stuckert/PR
Hiroshima, Japão. 21.05.2023 – Presidente da Republica, Luiz Inacio Lula da Silva durante encontro com o primeiro ministro do Vietnã, Ph?m Minh Chính. Foto: Ricardo Stuckert/PR – Foto Ricardo Stuckert/ PR

Ainda no sábado à noite (horário de Brasília), o presidente brasileiro se reuniu com o primeiro-ministro do Canadá Justin Trudeau. Comércio, meio ambiente e guerra estiveram na pauta.

"Achamos que Brasil e Canadá têm condições de dobrar as relações comerciais", disse Lula, estacando a preservação ambiental e o combate às mudanças climáticas como pontos de convergência entre os dois países.

Ao presidente de Comores, Azali Assoumani, Lula reafimou o apoio brasileiro ao pleito da União Africana por uma vaga no G20. Os dois falaram ainda sobre a necessidade de uma cooperação tecnológica bilateral maior e a possibilidade de uso de bancos de fomento, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco Africano de Desenvolvimento em questões de infraestrutura.

 

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