O jogo de volta que definirá o campeão da Copa do Brasil será daqui a uma semana, dia 19, no Maracanã. Os dois buscam o quarto troféu da competição mais democrática do País e que paga a mais alta premiação do futebol nacional. O vencedor leva R$ 60 milhões, além do montante referente às fases anteriores.
Considerando o retrospecto, uma vitória em casa pode não só aproximar o clube paulista do tetracampeonato como também manter uma escrita positiva. O time alvinegro sempre venceu o primeiro duelo em casa nas vezes em que ergueu a taça.
A força na Neo Química Arena é trunfo do Corinthians para voltar a levantar um troféu após mais de três anos e dar a primeira taça a Vítor Pereira, que ainda não definiu seu continua ou não seu trabalho por motivos pessoais. Ele tem saudade da família, que ficou em Portugal, e não está totalmente adaptado à rotina em São Paulo.
A decisão também é vista como o maior teste para o técnico português. Em oito meses, ele sofreu cobranças por derrotas em clássicos, lidou com oscilações de desempenho, mas transformou o Corinthians num time equilibrado e competitivo, sobretudo, em casa.
Em Itaquera, onde estará Tite, técnico da seleção brasileira, observando selecionáveis, o Corinthians se consolidou como o melhor mandante do Brasileirão e da Copa do Brasil. Foi em sua arena que goleou Santos e Atlético-GO e fez 3 a 0 no Fluminense para ir à final.
O treinador português se alegra com o momento do Corinthians na temporada. Ele vê seus comandados no auge técnico e físico. Depois de ter muitas baixas ao longo do ano, pode comemorar também o fato de ter quase todo elenco disponível.
"Acredito que nossa equipe chega em seu melhor nível, com possibilidade real de título", considerou. "Pressionamos, marcamos, jogamos, criamos chance de fazer gols... Fizemos o que foi possível em termos de gestão. Temos que ter fome".
O treinador correu risco de não ter Cássio. No entanto, o goleiro se recuperou de um trauma sofrido no pé e estará em campo. Maycon voltou a atuar recentemente, mas não começará jogando porque está longe de seu ritmo físico ideal.
O Flamengo jogará a final com o "time das Copas", isto é, estará em campo a sua formação mais efetiva, que encaixou sob o comando de Dorival Júnior nos torneios de mata-mata e conquistou perdeu apenas uma vez em 11 jogos.
Para Dorival, o Flamengo não é favorito. "De forma alguma", disse ele. A fase atual, diz o treinador, é diferente de dois meses atrás, quando o Flamengo eliminou com certa facilidade o Corinthians nas quartas de final da Libertadores.
"Acho que é um novo momento e uma nova situação. São jogos com outras características. Espero o Flamengo preparado para um momento como esse. Todo o esforço para que chegássemos não pode ser em vão".