Torcedores que penduraram boneco com camisa de Vini Jr. são proibidos de ir a estádios
Os quatro torcedores que foram presos por pendurar um boneco representando Vinícius Júnior enforcado em uma ponte de Madri, em janeiro, estão proibidos de se aproximar a menos de um quilômetro de qualquer estádio de futebol vinculado à LaLiga (empresa que organiza o Campeonato Espanhol).
Em 26 de janeiro, um boneco com uma camisa de Vini Jr. apareceu pendurado, simulando um enforcamento, horas antes da vitória por 3 a 1 do Real Madrid sobre o Atlético de Madrid, pela Copa do Rei. Com ele havia uma faixa com a frase "Madri odeia o Real", expressão usada com frequência pelo rival do time merengue.
As prisões ocorreram dois dias depois de Vini Jr. ser chamado de "macaco" pela torcida do Valencia, em partida do Espanhol. O episódio foi a gota d'água para o brasileiro subir o tom nas reclamações sobre a perseguição que sofre de jogadores e torcedores adversários na Espanha e o caso ganhou repercussão mundial, com as autoridades, a LaLiga e a Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) finalmente agindo para punir os infratores pelos insultos racistas - três pessoas também foram presas em Valencia.
Os torcedores que insultaram Vini Jr. foram detidos sob a alegação de "crime de ódio". Os suspeitos de Madri têm 19, 21, 23 e 24 anos de idade, sendo três deles membros de uma organizada radical do Atlético. Segundo a imprensa espanhola, a polícia utilizou câmeras de segurança para identificá-los, mas nenhuma medida havia sido tomada até esta semana. Eles permaneceram calados durante a audiência, de acordo com o tribunal de Madri, que anunciou o prosseguimento das investigações.