O soldado douradense Deyvison Hoffmeister dos Santos, 35, foi expulso da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, após ser condenado a 24 anos e 9 meses de prisão por tráfico de drogas e comércio ilegal de armas. Em 2021, a Corregedoria da PM descobriu que o policial desviava cocaína apreendida e vendia a droga para outros traficantes da cidade. Ele negociava o entorpecente através de conversas de WhatsApp. Também vendia armas através do aplicativo.
Hoffmeister foi preso no dia 23 de agosto de 2021 e três meses depois foi condenado. Na sentença, a Justiça Militar determinou sua exclusão da PM, mas o policial recorreu. Como perdeu o recurso, a corporação de teve de cumprir a sentença.
A portaria da expulsão foi publicada nesta quarta-feira (24) no Diário Oficial de Mato Grosso do Sul e exclui o soldado das fileiras da Polícia Militar "a bem da disciplina". O documento foi assinado pelo comandante-geral da PM, coronel Renato dos Anjos Garnes.
Os cabos Robson Valandro Marques Machado, 44, e Vlademir Farias Cabreira, 45, companheiros de equipe de Hoffmeister na Força Tática da PM, também foram presos, mas acabaram absolvidos por falta de provas.
Segundo a denúncia do Ministério Público, os policiais foram acusados de desviar 25 dos 30 quilos de cocaína apreendidos por ele em abril de 2021, no Jardim Santo André. Cinco dias depois da apreensão, 11 quilos da cocaína foram encontrados por policiais da Defron (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes de Fronteira) em uma "boca" na Vila Cachoeirinha.
O dono da "boca", Jonatan Nascimento Ferreira, era amigo e sócio de Hoffmeister no esquema. No celular do traficante, os policiais encontraram as conversas em que Hoffmeister oferecia a cocaína. Ele chegou a mandar fotos dos pacotes ainda no local da apreensão.