O candidato ao governo de Mato Grosso do Sul, Capitão Contar (PRTB), foi entrevistado ao vivo no MS1 neste sábado (17).
A participação do candidato faz parte de uma série de entrevistas que a TV Morena realiza com os oito candidatos ao governo do estado, de acordo com o seguinte cronograma:
Um sorteio realizado em 15 de agosto com representantes dos partidos definiu as datas e a ordem das entrevistas.
Capitão Contar é entrevistado pela jornalista Bruna Mendes. — Foto: José Câmara
Veja abaixo os questionamentos e as considerações finais do candidato:
MS1 - Candidato, vamos começar falando de educação, entre as suas propostas o senhor apresenta como ideia um incentivo a implementação de escolas cívico-militares. O senhor tem um levantamento de quantas conseguiram se colocar em prática durante o seu mandato? Qual o valor pra isso igualando investimentos em escolas de tempo integral, que é o grande interesse da sociedade.
Capitão Contar - Bom dia Bruna, bom dia telespectadores. Sou o Capitão Contar, candidato ao governo de Mato Grosso do Sul. Não tem como falar de educação, sem olhar para os problemas que orbitam o tema educação. Não se pode falar de turismo, negócio, turismo ou saúde se não começar a trabalhar a educação básica de nossas crianças. Temos obviamente diversos planos para execução e melhoria da educação, além da valorização dos professores e dos administrativos das escolas. Precisamos melhorar salas de aulas, ginásios, diminuir o índice de evasão escolar e uma das formas de fazer isso acontecer e atingir o objetivo é dando continuidade ao programa de escolas cívico-militares que deu início com governo federal para que a gente consiga multiplicar esse tipo de modelo aqui no Estado.
É um modelo que dá certo em muitos estados brasileiros, inclusive aqui no Mato Grosso do Sul temos uma escola que ganhou dois anos consecutivos a melhor escola cívico militar do Brasil. Esse é um modelo que você tem uma gestão compartilhada. Quero deixar bem claro, não se trata de militarizar escolas, escola militar é uma coisa, é uma organização militar das forças armadas, escola cívico-militar é uma escola tradicional, porém com uma gestão compartilhada. Através de incentivos do Governo Federal e de parcerias com o governo estadual, você tem uma gestão compartilhada. Com isso, militares, preferencialmente da reserva, ocupam espaços de monitoramento dentro das salas de aulas.
MS1 - Quantas o senhor gostaria ou tem interesse de implantar?
Capitão Contar - Isso depende do orçamento a ser aprovado ainda, eu no primeiro ano de governo terei que respeitar o orçamento já aprovado esse ano. É um planejamento que iremos fazer para fomentar esse modelo que eu acredito e os pais dos alunos também.
MS1 - O senhor também pretende combater dentro dessa sua proposta a indisciplina na escola, resgatando o respeito com os educadores, implementando a cultura de paz e sociabilidade entre os alunos. Entende-se que o senhor também pensa no equilíbrio para que esses alunos não se sintam intimidados ou que encontrem ainda dentro da escola o respeito à diversidade, seria isso?
Capitão Contar - Qual professor não quer chegar em uma sala de aula e encontrar um ambiente organizado, limpo, as crianças em silêncio, respeitando aquele momento escolar? Qual pai ou mãe não quer ter o seu filho no ambiente escolar digno, organizado, seguro, livre de qualquer influência externa como droga e assédios sexuais. Pensar no aluno que é o nosso grande tesouro é pensar também na estrutura, segurança e saúde alimentar de criança.
MS1 - Você é a favor dessa cultura militar chegando em vários setores como é a postura do presidente Jair Bolsonaro?
Capitão Contar - Não é a cultura militar, são os valores que as forças armadas praticam, como: organização, disciplina, coerência, agir dentro da lei, não se trata de militarizar o aluno. Temos os valores militares que são praticados nas forças armadas e nas polícias, dentro da sala de aula, hierarquia, disciplina, organização, limpeza, pontualidade, patriotismo, cívicos, entre tantas outras que podemos citar aqui.
Pergunta dos telespectadores: Responsabilidade ambiental: quais são os planos do senhor para combater por exemplo queimadas e desmatamentos no Pantanal?
Capitão Contar - Nosso estado tem uma grande área ainda preservada e temos também a maior superfície alagada do planeta, que é o nosso Pantanal e que todo ano tem um processo natural de queimada. O que temos que combater, obviamente, são os crimes ambientais que ocorrem no nosso estado. Queimadas clandestinas, invasão de áreas de preservação e como é que combate isso? é fiscalização, modernizando as formas de fiscalização e também em parcerias com institutos de tecnologia, com observatórios que podem estar trazendo dados para a gestão pública e temos também um estudo de inteligência onde normalmente pega fogo, se tem áreas de degradação e buscar recursos para garantir que esse programas sejam efetivamente seguidos.
MS1 - Na área ambiental o senhor aponta como projeto essa modernização do sistema de emissão e licenciamento de autorizações, isso significa uma redução de exigências e uma aceleração de prazo. Isso pode oferecer algum tipo de risco para o Meio Ambiente?
Capitão Contar - Não é redução de exigência, é redução de burocracia. Se algo leva 40 dias para ser emitido, nós queremos reduzir esse tempo. Se algo custa caro para poder ser conseguido queremos reduzir o custo disso e tornar mais ágeis e rápidas. A questão é do processo administrativo em torno de qualquer tipo de licença ou alvará. A ideia sempre será desburocratizar e simplificar para o cidadão, isso naturalmente vai diminuir custos tanto para o estado, como para o cidadão.
MS1 - O senhor sempre foi um crítico do atual governo do estado, se eleito governador, o senhor pretende manter ou suspender alguns projetos relacionados ao meio ambiente, como por exemplo o carbono neutro até 2030?
Capitão Contar - O meu posicionamento na Assembleia Legislativa sobre ser ou não oposição sempre pautou na razão e na coerência. Quando o governo estava certo e no meu entendimento os projetos eram de interesse social e positivo, eu quero a favor. Quando eram de aumento de tributos, índices de corrupção e outras pautas polêmicas que já tramitaram na Assembleia, eu fui oposição. Não significa que eu tenha um lado de ser oposição às cegas, eu tenho um lado de coerência. Com isso, aqueles programas que dão certo e dão resultado no Mato Grosso do Sul serão mantidos ou melhorados e aqueles que não dão certo nós queremos de verdade poder melhorar.
Capitão Contar - Isso depende de orçamento, eu só consigo te falar em números quando eu tiver um orçamento. A ideia é que a gente consiga suprir pelo menos a maioria das faltas de residências, que hoje estão em torno de 80 mil. Fazendo um grande aporte de recursos no nosso estado, fazendo parcerias com a União, com o município e iniciativa privada.
MS1 - Quando o senhor fala no maior programa de habitação, já se entende que o senhor tem um planejamento, né?
Capitão Contar - Eu vou te dizer porque é o maior, por quê vamos fazer mais com menos. Não vai ter corrupção, não vai ter licitação direcionada e nós queremos entregar casas inteligentes que já venham com geração de energia solar, captação de águas fluviais, que tenhamos um sistema de saneamento condizentes, porque isso também é saúde. Quando falamos em residência é dignidade, não como você falar de emprego, educação, se você não tiver um ambiente para você criar a sua família e crescer na vida. A casa é dignidade, e além de tudo, após esse projeto sair do papel e essas casas serem construídas, nós queremos que haja total transparência na distribuição e sorteio. Vamos atender algumas prioridades como mulheres vítimas de violência doméstica.
Capitão Contar - Veja, tudo vai depender de quem vai ganhar para governo, quem vai ganhar no Congresso Nacional, novos programas serão implementados. Provavelmente terão algumas mudanças nos ministérios e o relacionamento do estado com o governo federal vai ser essencial para que haja essa confiança e essa parceria para a construção de residência. O programa Casa Verde e Amarela está dando muito certo, isso depende obviamente de orçamento. O presidente está conseguindo reduzir impostos, custos para o cidadão e isso também é uma forma de ajudar o país.
Capitão Contar - Olha, vou ser bem franco, não tem nada a ver. Quem apoia de verdade o presidente Jair Bolsonaro sou eu. Eu nunca vi o candidato do PSDB, que pra mim parece mais um João Dória do Mato Grosso do Sul, nunca vi ele apoiar o presidente Bolsonaro em nada, inclusive passou a seguir o presidente nas redes sociais recentemente. Não há qualquer tipo de apoio de baixo pra cima da parte dele, a disputa pelo apoio vertical do presidente para o candidato já está mais do que clara no país todo. Nos estados em que ele tem candidato a governador ele já falou, aqui no Mato Grosso do Sul ele apenas apoia a Tereza Cristina e fim de papo. Não existe nenhum tipo de apoio oficial do Bolsonaro a algum candidato ao governo do estado.
MS1 - E o senhor acha que sai prejudicado em relação a isso?
MS1 - Candidato, vamos falar então de assistência social, que também é muito importante para a sociedade hoje. O senhor quer criar um grande movimento com empresas e terceiro setor para combater a extrema pobreza. 10% da população de Mato Grosso do Sul vive nessa situação de insegurança alimentar grave que é a fome. Se eleito, quanto tempo vai demorar para o senhor colocar em prática essa iniciativa atendendo essa parcela da população que precisa de apoio?
Capitão Contar - Como é que você resolve o problema da fome? É dando condição para a pessoa comprar sua comida ou através de programas sociais. Os programas sociais que já dão certo serão avaliados e mantidos, depende de orçamento.
MS1 -Qual dos programas sociais o senhor acha que deu certo e manteria?
Capitão Contar - Por exemplo, a questão da energia elétrica, onde o estado está pagando a faixa de consumidores dentro do estipulado, que é a tarifa social, eu penso em uma ideia diferente. Eu acho que o estado pode investir em energia solar, por exemplo, e abater ao invés de pagar a energia elétrica para o cidadão e investir em um programa de geração de energia. Ele vai continuar não pagando porque é praticamente gratuito. Não podemos levar politicamente os programas sociais.
MS1 - O senhor está falando de transparência, o senhor é autor de um projeto na Assembleia Legislativa que cria a 'semana estadual de conscientização sobre a carga tributária', quando o senhor defende esse projeto disse: 'precisamos saber pra onde o dinheiro do nosso estado está indo'. O que o senhor pretende fazer em relação a isso, que o Portal da Transparência não está fazendo?
MS1 - Candidato, vamos começar a falar de segurança pública agora. Gostaria de iniciar essa conversa sobre esse tema com um olhar voltado para as mulheres. Qual é a sua proposta para frear esse número covarde de feminicídio em Mato Grosso do Sul? Como o senhor pretende garantir segurança ou ajudar essas mulheres a estarem seguras dentro da própria casa onde esses crimes acontecem com maior frequência. Estupro de mulheres, violência contra as mulheres e até violência contra as nossas crianças.
Capitão Contar - Eu acho que temos que começar nos bancos escolares, esse é um trabalho a longo prazo. Eu quero que na educação pública a gente já comece a inserir campanhas para que as crianças identifiquem o que é uma violência, quais são as formas de violência contra a mulher, formas de assédio. Temos que afastar qualquer possibilidade de a criança não ter esse aprendizado desde cedo. Às vezes falta exemplo em casa, então acho que a escola tem esse papel de conscientizar e fazer a lei ser seguida. Se o adulto não consegue cumprir a lei, se ele sabe que maltratar uma mulher e qualquer tipo de agressão é crime, ele tem que ser punido.
Capitão Contar - Da forma como já fiz como deputado, embora não seja uma competência do deputado, eu apresentei um projeto de lei que institui um aplicativo onde a mulher através do seu telefone celular pode acionar um botão na iminência de ser agredida ou assediada e esse botão já dispara um alerta para a Polícia Militar e dispara também mensagens para pessoas cadastradas, como algum parente. A polícia receberá a geolocalização dessa pessoa naquela área, isso facilita e agiliza esse processo. Aí vem a questão: "a e a mulher que não tem smartphone?" Olha quanto celulares são apreendidos em contrabandos e são utilizados pelo crime organizado. A Justiça pode tranquilamente enviar e destinar esses aparelhos para essas pessoas. Inclusive esse aplicativo não depende nem de sinal do celular. Fora isso, também destinei emendas parlamentares para salas lilás da Polícia Civil que é um ambiente dentro da delegacia onde a mulher e a criança pode se sentir mais acolhida em um lugar mais privativo para que ela possa denunciar. Outro ponto importante é fazermos campanhas de estímulo para que as pessoas se sintam encorajadas a denunciar, quanto mais denúncias tivermos, mais identificarmos os focos de violência e assim podermos agir mais efetivamente sobre esse problema.
Capitão Contar - O sonho de consumo é que a gente tenha estradas rápidas, seguras, bem sinalizadas e em alguns casos a rodovia é federal e em outras federais. Temos dinheiro suficiente para tornar nossas estradas seguras e bem sinalizadas, o problema é que é mau empregado. Veja as operações que tivemos no passado, Lama Asfáltica, Motores de Lama, se o dinheiro não for desviado, você consegue fazer um asfalto de qualidade, o problema é que os gestores públicos não se atentam a isso e acabam usando mau o recurso público. Se você contrata uma empreiteira para fazer uma obra, esse dinheiro não pode ser utilizado para abastecer a campanha, esse dinheiro não pode ser utilizado para caixa dois. Se você retira qualquer possibilidade de corrupção, por exemplo, na construção de estradas, você consegue entregar uma estrada de melhor qualidade.
MS1 - O senhor é a favor das privatizações?
Capitão Contar - Privatização quando o serviço público não estiver dando conta de tornar aquele setor ou área. Temos que esgotar as possibilidades públicas primeiro, esse é um dever do estado, manter as suas estradas. Mato Grosso do Sul tem aqui o Fundersul, que o governador Reinaldo Azambuja aumentou as alíquotas na última gestão, então dinheiro tem. Temos mais de 1,5 bilhão em caixa para melhorar nossas estradas, mas usam politicamente esse dinheiro, às vezes construindo ciclovias em municípios, então é uma forma de melhorar essa questão que foi perguntado. Temos que aplicar corretamente onde precisa.
Capitão Contar - Obrigada pela pergunta, excelente! Até temos equipamentos funcionando, o problema é que não tem um profissional para poder operar aquele equipamento. Isso é uma falta de planejamento, é má execução de um equipamento de saúde. Não adianta ter o equipamento e não ter o operador. Não adianta você destinar recurso e ele ser mau empregado. Naviraí é uma cidade que recebe pacientes de outras cidades e precisamos de verdade tornar os serviços públicos efetivos. Isso não só em Naviraí, mas também em outras cidades que precisam da regionalização da saúde, para que não sobrecarregue a capital, para que o sul-mato-grossense não precise ir até o estado de São Paulo ou Paraná para receber tratamento. Isso tudo é gestão, é pegar o dinheiro que existe e aplicar de forma correta, com bons secretários, pessoas técnicas, que irão de verdade cuidar de você e também das instalações de saúde que já existem.
MS1 - Candidato, quanto o senhor acha que um governador do estado pode interferir ou pedir apoio do governo federal intenso nas melhorias e influenciar nos investimentos para as rodovias? Por exemplo, a 262 tem vários projetos de investimentos de empresas e indústrias que precisam dessa melhoria da rodovia e temos a rodovia que precisa urgentemente de uma saída com uma nova indústria vindo pra cá.
MS1 - Candidato, o seu plano também está previsto investimento de pesquisa em matérias como nióbio, que é um metal, grafeno, uma das formas de carbono e célica, um mineral. Por que esses estudos e por onde os pesquisadores começaram e o quanto de investimento pode checar a partir disso?
Capitão Contar - Estamos falando de elementos que vão ser altamente procurados pelo mundo todo. As baterias precisam ser capacitadas para aumentar sua capacidade de armazenar energia, você vê agora carros híbridos, elétricos e a busca por fontes renováveis de energia, isso faz com que o nosso estado que possui alguns desses elementos no nosso solo possa ser alvo de pesquisa e investimentos.
Capitão Contar - Nas nossas universidades, em parceria com universidades privadas também, temos total capacidade de explorar de forma inteligente o nosso subsolo. Temos o governo federal interessado nessas pautas e em potencializar em pesquisas os nossos elementos que estão embaixo dos nossos pés. De verdade, Mato Grosso do Sul pode ser um dos fornecedores desses elementos.
MS1- Considerações finais?
Capitão Contar - Eu quero convidar você cidadão sul-mato-grossense, eu que só disponho de 15 segundos no horário eleitoral, para você venha com a gente e mude o nosso estado de verdade. Nós temos uma chance única, um dia para votar e quatro anos para se arrepender, ou você pode se orgulhar. Eu quero ser esse voto de orgulho, que vai colocar no governo de Mato Grosso do Sul uma equipe técnica para cuidar da sua vida, da sua saúde, da sua educação e das nossas estradas. Eu quero ser um governador que vai de verdade entregar o melhor serviço para você. Chega de amarras políticas, chega de votar no mesmo, chega de farinha do mesmo saco. Venha de Capitão Contar 28 para governador, presidente Jair Bolsonaro 22.
O indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas, acusadas pela Polícia Federal (PF) de terem planejado e executado ações para um golpe de Estado, está repercutindo entre políticos e autoridades, na tarde desta quinta-feira (21).
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