Apresentada nesta semana pelo deputado Júnior Mochi (MDB), proposta foi defendida por outros parlamentares, para alterar a identificação visual do Estado de Mato Grosso do Sul. Passaria a constar "O Estado do Pantanal" abaixo do logotipo do Governo.
O Projeto de Lei 160 de 2023 foi defendido por deputados estaduais, durante sessão na Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) na quinta-feira (1º). O texto da proposta diz exatamente sobre acrescentar inciso à Lei 4.072, de 27 de julho de 2015, que institui a identificação visual do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul.
Assim, diz o inciso: "A identidade visual: "O Estado do Pantanal", postado abaixo do logotipo Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, ao lado direito do Brasão de Armas, sobreposto em moldura no padrão gráfico CMIK".
No texto da proposição, o deputado aponta a importância da área do Pantanal, que vai além das fronteiras de Mato Grosso do Sul, ao estado vizinho Mato Grosso. "No entanto, a maior parte da área do pantanal está dentro do nosso estado. Portanto, a marca pantanal tem uma importância significativa", diz o texto.
Isso, considerando o contexto do ecossistema e potencial econômico, cultural e turístico associado à região. Desta forma, o projeto relembra as importantes vertentes do Pantanal, sendo uma área rica em biodiversidade.
"Essa diversidade biológica é uma fonte de orgulho para o Mato Grosso do Sul e atrai turistas e pesquisadores de todo o mundo", afirma a proposta. Então, é relatada importância do Pantanal para o turismo no Estado. "O turismo relacionado ao Pantanal impulsiona a economia local, gerando empregos e estimulando o desenvolvimento de infraestrutura turística".
Além disso, é destacado patrimônio cultural do Pantanal. "Com comunidades tradicionais que vivem em harmonia com o ambiente há gerações, como os pantaneiros. Suas tradições, conhecimentos, folclore e práticas de manejo sustentável fazem parte da identidade cultural do Mato Grosso do Sul".
No projeto, ainda é destacado como a "marca" Pantanal desempenha papel importante na promoção da conservação ambiental. Também é descrito desenvolvimento econômico proporcionado pela região, que impulsiona o turismo, pecuária e pesca esportiva.
"Dessa forma, com o propósito de promoção e atratividade, o slogan mencionado aumenta a visibilidade do Mato Grosso do Sul tanto a nível nacional quanto internacional. Ao promover a marca pantanal, o estado se torna mais atrativo para investimentos, eventos e parcerias comerciais, e contribui para a criação de uma imagem positiva e distintiva, estimulando o desenvolvimento de outros setores, além do turismo", diz ainda o projeto.
Para o autor do projeto, é preciso que os sul-mato-grossenses 'se apropriem do Pantanal como grife'. "É o nosso símbolo, já que 2/3 do Pantanal está em nosso Estado. Já que essa discussão já foi travada lá atrás e acabou não vingando, infelizmente, nós temos que acrescer e nos apropriar". Mochi reforçou: "Não estou propondo a mudança de nome, só estou acrescendo".
Para o presidente da Casa, Gerson Claro (PP), a discussão sobre o Estado do Pantanal é 'quase uma unanimidade' entre os deputados.
Pedro Kemp (PT) defende que nunca é tarde para se retomar a discussão. "Eu considero importante para projetar o nosso Estado ao restante do país, já que quando se cruza para outros estados, ninguém conhece Mato Grosso do Sul, só Mato Grosso", diz.
Para Zeca do PT, a questão não é tão simples. "No nosso Governo, tratei disso por 8 anos e paguei caro. O setor mais conservador falava que eu queria colocar Pantanal [nome do Estado] para ficar PT [na sigla] Ninguém lembra de Mato Grosso do Sul", disse, relembrando agendas internacionais que participava e autoridades apenas citavam o Mato Grosso.
A tucana Mara Caseiro reforçou a ideia. "Acredito que seria oportuna a mudança", concordou.