A diretoria do Sindicato Rural de Dourados esteve reunida na segunda-feira (5) com o deputado estadual Renato Câmara (MDB), para tratar sobre o crescente desenvolvimento do "milho guaxo", sobretudo, durante o período do vazio sanitário.
"O milho voluntário ou tiguera é, para nós, uma erva-daninha, sendo o resultado do cruzamento de plantas de milho de qualidade, cultivadas, com plantas de milho silvestres ou variedades não comerciais. Essa mistura indesejada derruba a produtividade e a qualidade das lavouras de milho. Só causa prejuízos aos agricultores", disse ao deputado Renato o presidente do Sindicato Rural de Dourados, Ângelo Ximenes.
Na avaliação do líder rural, essa "praga agrícola" é uma ameaça à sustentabilidade da produção de milho, além de trazer riscos econômicos e ambientais. Ximenes aponta que o milho guaxo compete com as plantas cultivadas por recursos como água, nutrientes e luz solar, comprometendo o desenvolvimento saudável das lavouras e reduzindo os rendimentos.
Junto a diretoria, Angelo Ximenes entregou um ofício ao deputado Renato Câmara, alertando que o milho tiguera é uma fonte de problemas fitossanitários, pois, serve como hospedeiro para pragas e doenças, ampliando sua disseminação e dificultando o controle efetivo desses organismos indesejados. Além disso, o milho silvestre obriga o produtor aumentar uso de defensivos devido ao seu difícil combate.
"Tudo isso compromete a segurança alimentar, a saúde humana, a preservação do meio ambiente, e provoca a diminuição da produtividade. Tais problemas nos levam a pedir a intervenção parlamentar na formatação de mecanismo legal visando a erradicação desta praga", reivindicou Ângelo Ximenes.
Renato Câmara, que é engenheiro agrônomo, se prontificou a levar a reivindicação do Sindicato Rural de Dourados, em nome dos produtores rurais da região, para a Assembleia Legislativa e ao Governo do Estado.