Extremamente entristecida, a Academia Sul-Mato-Grossense de Letras comunica o falecimento do acadêmico Augusto César Proença, cadeira nº 28 desta Casa. Professor, contista, historiador brasileiro e pesquisador da cultura pantaneira e regional, Proença estava com 85 anos (15/08/1937), era natural de Corumbá (MS) e formado em Letras pela Faculdade de Filosofia, Ciência e Letras da Região dos Lagos (Cabo Frio, Rio de Janeiro). Era membro da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras, da Academia Corumbaense de Letras e do Sindicato dos Escritores do Rio de Janeiro, sendo que por décadas escreveu, como colaborador, para o Suplemento Cultural (Caderno B) do Jornal Correio do Estado (Campo Grande/MS); e para a Revista da ASL.
Entre suas obras publicadas, estão Snackbar (1979), Raízes do Pantanal (1989), A Sesta (1993), A condução (1995), Pra qualquer lugar (1995), Nessa poeira não vem mais seu pai (1996), Pantanal: gente, tradição e história (1997), Corumbá de todas as graças (2003) e Memória Pantaneira (2004); foi roteirista e diretor do curta-metragem "A poeira", baseado no seu conto "Nessa poeira não vem mais seu pai". Participou também de várias Antologias nacionais.
Muito ligado à cultura e história do Pantanal, Proença foi um escritor que retratou a vida, a cultura e a natureza do Pantanal, com um estilo realista e regionalista, abordando personagens e situações típicas da região. Buscou, também, resgatar a memória e a identidade pantaneira, valorizando suas tradições e sua diversidade.
Augusto César Proença recebeu várias premiações, entre elas o Concurso de contos "Ulisses Serra" (Campo Grande / MS), Prêmio de Edição Concurso Academia Valenciana de Letras e Contos "O Tio" (Valença / RJ); Prêmio de Edição Concurso da Editora Litteris Conto Paz e Amor (Rio de Janeiro / RJ) e 1° lugar no Grande Concurso de Contos e Poesia do Brasil Editora Litteris (Rio de Janeiro / RJ).
Bastante participativo culturalmente, Augusto César Proença se fez presente e participou de inúmeros Encontros, Festivais, Congressos e Simpósios relativos a atividades literoculturais. A Cadeira 28 da ASL pertenceu anteriormente ao saudoso acadêmico Lécio Gomes de Souza.
Que descanse em paz.