De janeiro a maio deste ano, o Programa Computadores para Inclusão, do Ministério das Comunicações (MCom), recebeu mais de 48,6 toneladas de equipamentos e itens eletrônicos da Região Centro-Oeste do país. O Distrito Federal foi o que mais teve itens que foram recondicionados ou tiveram uma destinação adequada, totalizando 35,7 toneladas de eletrônicos.
“Todo este esforço que realizamos por meio do Programa Computadores para Inclusão reforça o comprometimento e a posição do governo federal contra o descarte de lixo em locais inadequados e o fomento à educação e conscientização da população para com o desenvolvimento sustentável, contribuindo com a preservação do meio ambiente”, comentou o ministro das Comunicações, Juscelino Filho.
O estado do Mato Grosso coletou mais de 7,6 toneladas de eletrônicos e em Goiás foram mais de 5,2 toneladas. Além do impacto ambiental ligado ao descarte dos resíduos, a iniciativa possibilita a formação de jovens por meio de oficinas, cursos de manutenção e operação de computadores e beneficia entidades que promovem a inclusão digital de famílias em vulnerabilidade social.
NACIONAL – Em todo o país, a iniciativa do MCom recebeu 257 toneladas de equipamentos e itens eletrônicos em 2023. O Nordeste foi a região que mais arrecadou, sendo 114,1 toneladas no total. Em seguida estão Sudeste, com 62,1 toneladas; Centro-Oeste, com 48,6 toneladas; Sul, com 10,9 toneladas; e Norte, com 9,5 toneladas.
Ao adaptar um estudo elaborado pela Green Eletron, maior gestora sem fins lucrativos de logística reversa de eletrônicos e parceira do Ministério das Comunicações, foi calculado o impacto ambiental da destinação correta de bens eletroeletrônicos através do Programa Computadores para Inclusão. O estudo desenvolveu um modelo de Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) para identificar os impactos e benefícios ambientais do tratamento de resíduos feito pela empresa.
Pela reciclagem dessas 257 toneladas coletadas, foi possível evitar a emissão de 455 toneladas de CO2. No que se refere ao consumo de água, estima-se que foram evitados o uso de 4,38 mil metros cúbicos. Também foi possível evitar o uso de 6.668,8 GJ de diesel, ou o mesmo que 156,6 toneladas do combustível.
PARCERIA – Em março, o MCom e a Green Eletron, gestora sem fins lucrativos especializada na operacionalização de logística reversa de pilhas, baterias e eletrônicos, fundada pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), firmaram um Acordo de Cooperação para criar estratégias que visam aprimorar o programa Computadores para Inclusão. A parceria tem o objetivo de reforçar as medidas que garantam a destinação final ambientalmente adequada dos equipamentos eletroeletrônicos tratados por meio da iniciativa. Outra meta é sensibilizar a administração pública quanto aos riscos ambientais e de proteção de dados relacionados ao desfazimento de eletroeletrônicos.
PROGRAMA – O programa Computadores para Inclusão foi implementado há 19 anos, no primeiro governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em dezembro de 2022, a iniciativa foi reforçada com a sanção da Lei Nº 14.479/2022, que instituiu a Política Nacional de Desfazimento e Recondicionamento de Equipamentos Eletroeletrônicos. No total, cerca de 30 mil equipamentos já foram recondicionados e doados a pontos de inclusão digital espalhados em 695 municípios. Atualmente, são 20 CRCs autorizados pelo país, responsáveis pela entrega de máquinas testadas, em condições de uso, com programas e aplicativos instalados.
O Computadores para Inclusão conta com 20 Centros de Recondicionamento de Computadores (CRCs), presentes, hoje, em 14 estados brasileiros. Desde 2004, o MCom já investiu mais de Rï¼ 38 milhões no programa, viabilizando a promoção da inclusão digital no país.