"É o cenário ideal para um encontro entre duas das melhores seleções do mundo", disse Rubiales. "Além da partida, faremos umas jornadas na luta contra a violência e contra o racismo no futebol", disse o dirigente espanhol, que fez algumas das declarações mais fortes em defesa de Vinicius Júnior após os ataques racistas sofridos pelo brasileiro no mês passado, em partida do Campeonato Espanhol.
O estádio que receberá o amistoso entre Brasil e Espanha é onde o atacante está acostumado a jogar, por ser atleta do Real Madrid. "O objetivo de todos esses eventos é conscientizar que a violência no futebol não tem lugar, seja ela qual for. Desde o primeiro momento, lembrou Rubiales, o presidente da RFEF destacou que há um problema de educação e de acolhimento da Espanha", disse a entidade, em comunicado.
Vinicius Júnior sofreu ataques racistas generalizados por parte de torcedores do Valencia no dia 21 de maio, no estádio Mestalla. O brasileiro foi chamado de "macaco", em coro, por torcedores do Valencia. Depois da partida, posicionou-se combativamente nas redes sociais e cobrou a LaLiga, associação responsável pela organização do Campeonato Espanhol, pela ineficácia em coibir manifestações racistas.
O presidente da entidade, Javier Tebas, chegou a rebater o jogador, dizendo que ele estava mal informado, mas mudou o discurso após a repercussão negativa e anunciou que pedirá uma mudança na lei espanhola, com o objetivo de dar a LaLiga mais autonomia para punir a discriminação nos estádios do país.
Os três torcedores identificados foram detidos na última terça-feira, mas acabaram soltos e estão respondendo em liberdade. O Valencia, por sua vez, foi punido com o fechamento de um dos setores de seu estádio por cinco jogos e considerou a sanção "injusta e desproporcional".