O gráfico comparativo acima demostra que a partir do mês de abril houve uma leve redução no número de casos de dengue. Comparando os meses de abril e maio, a redução foi quase 40%, saindo de 3.587 para 2.430 casos. Até o momento, no mês de junho, foram notificados apenas 399 casos da doença, o que demostra que a queda no número de casos deve se manter. Os números deste mês ainda não estão consolidados.
Em março deste ano, Campo Grande chegou a registrar 3.701 notificações por dengue, o que colocou a Capital em situação de epidemia. Passados três meses, as ações que foram executadas já demostram os resultados com a queda significativa no número de casos da doença.
Alta incidência
Apesar dos dados positivos, é necessário que as ações continuem sendo intensificadas. Hoje, oito bairros de Campo Grande ainda apresentam alta incidência da doença, sendo classificados com risco muito alto. São eles: Caiobá, Los Angeles, Nova Campo Grande, Noroeste, Núcleo Industrial, Popular, Rita Vieira e Tijuca.
Nestas localidades, os trabalhos estão sendo intensificados com a realização de ações programadas, com o objetivo de reduzir os índices.
Cuidados permanentes
A superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (SVS-SESAU), Veruska Lahdo, reforça que 80% dos focos do mosquito é encontrado dentro do nosso lar, diferente do que muita gente pensa. Naquele vaso de planta que fica no fundo de quintal, na calha entupida e em materiais inservíveis jogados no quintal.
"Portanto é preciso que isso sirva de alerta para a população e que todos nós tenhamos consciência. O poder público faz a sua parte, mas é extremamente necessário o envolvimento de todos nesta batalha", destaca.
O maior número de focos são encontrados em pequenos depósitos de água, como garrafas, vasos de plantas, embalagens plásticas, entre outros.
A superintendente enfatiza que o trabalho de combate ao Aedes aegypti é constante. "Diariamente as nossas equipes estão empenhadas nas ações de rotina e mutirões com o objetivo de reduzir os índices de proliferação e, consequentemente, de notificações da doenças transmitidas pelo mosquito, como a dengue, zika e chikungunya", finaliza.