O ex-prefeito de Ladário, Carlos Anibal Ruso Pedroso; os ex-secretários de Administração, Andressa Moreira Anjos Paraquett e, de Educação, Helder Naulle Paes dos Santos e mais sete ex-vereadores foram condenados pela 1ª Vara da Comarca de Corumbá pelos crimes de associação criminosa, corrupção ativa e corrupção passiva, decorrentes de esquema conhecido como "mensalinho", desarticulado em 2018.
A decisão foi publicada nessa sexta-feira (30) pelo juiz Idail De Toni Filho, que julgou parcialmente procedente o pedido do Ministério Público Estadual (MPMS) contra os envolvidos e fixou uma pena de nove anos e dez meses de reclusão em regime inicialmente fechado para o ex-prefeito.
Os demais réus foram sentenciados a uma pena que, se somadas, ultrapassam os 60 anos de reclusão. Variam de 6 anos e 6 meses a 11 anos e 6 meses, em alguns casos com regime inicial semiaberto. A Justiça determinou, ainda, a perda dos cargos públicos e mandatos eletivos exercidos pelos réus. Cabe recurso. blica em troca de apoio e votação favorável na Câmara Municipal.
Os ex-parlamentares condenados no processo são: Augusto de Campos (Gugu), Lilia Maria de Moraes, Paulo Rogério Feliciano Barbosa, Osvalmir Nunes da Silva (Baguá), André Franco Caffaro (Dedé), Agnaldo dos Santos Silva Junior (Magrela) e Vagner Gonçalves.
O site Enfoque MS tentou contato com os sentenciados, mas não conseguiu localizá-los até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para manifestação.
De acordo com os autos, o então prefeito pagava cerca de R$ 3 mil para os vereadores denunciados, que ainda tinham o direito de indicar pessoas para ocupar cargos na administração pública em troca de apoio e votação favorável na Câmara Municipal.
A Promotoria do Patrimônio Público de Corumbá recebeu a denúncia da existência deste pagamento e passou a investigar o caso. Na época, dos 11 vereadores ladarenses, apenas quatro não estavam envolvidos no esquema, sendo ainda que três colaboraram diretamente para o levantamento das provas.
No dia dia 26 de novembro de 2018 aconteceu a operação que prendeu o ex-prefeito, ex-secretário de Educação e os sete ex-vereadores. Todos foram transferidos para Campo Grande na época, ficaram presos alguns meses e tiveram os mandatos cassados pela Câmara.
O então vice-prefeito Iranil Soares (PSDB) foi empossado no lugar de Ruso, junto com os sete suplentes dos então parlamentares presos.