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Megatraficante fugiu de helicóptero da fronteira ao saber que seria alvo de operação policial

O megatraficante de drogas Antônio Joaquim Mota, que atende pelos nomes de ‘Motinha’ ou ‘Dom’, fugiu de uma operação da Polícia Federal na última sexta-feira (30) ao tomar conhecimento da ação com antecedência.

Por Midia NAS em 02/07/2023 às 16:52:39

O megatraficante de drogas Antônio Joaquim Mota, que atende pelos nomes de ‘Motinha’ ou ‘Dom’, fugiu de uma operação da Polícia Federal na última sexta-feira (30) ao tomar conhecimento da ação com antecedência. Ele estava escondido em uma fazenda na região de fronteira entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero (PY) quando obteve a informação e fugiu um dia antes usando um helicóptero.

A operação em questão foi deflagrada e conseguiu prender seis pessoas que fazem parte do grupo administrado pelo traficante. Eles são paramilitares brasileiros e estrangeiros que possuem até mesmo treinamento de guerra para fazer a segurança particular de Dom. Muitos chegaram até mesmo a atuar na guerra da Ucrânia.

A ação contou com a participação de forças de segurança do Paraguai e a suspeita é de que alguém daquele país tenha vazado a informação ao megatraficante e colaborado com a fuga. Dom é o atual líder do chamado “clã Mota”, uma família que teria mais de 70 anos de atuação na criminalidade, já contrabandeando café, mercadorias e agora droga, especialmente a cocaína.

Foram expedidos pela Justiça Federal 11 mandados de busca e apreensão e 12 de prisão em quatro estados: Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul. Dos 12 de prisão, nove eram para brasileiros e seis foram cumpridos. Todos de integrantes do grupo paramilitar.

Foram duas prisões em Minas Gerais, uma em São Paulo, uma no Rio Grande do Sul, duas em Mato Grosso do Sul, uma em Ponta Porã e outra em Dourados. Entre os presos está um militar da reserva em Belo Horizonte (MG) e um policial militar da ativa de Mato Grosso do Sul. Os nomes não foram divulgados.

A PF apreendeu na operação um verdadeiro arsenal, com cerca de 14 armas, entre elas 4 pistolas, 3 revólveres e 3 fuzis, além de 40 caixas de munição, seis granadas e colete balístico. A ação foi batizada como Magnus Dominus – "o todo poderoso" em latim e faz alusão ao líder do grupo criminoso.

Dom se autodenominou dessa forma em referência a Dom Corleone, chefe da família criminosa mais poderosa na trilogia "O Poderoso Chefão". No esquema de tráfico, a droga é produzida na Bolívia e Colômbia e chega até o Paraguai por via aérea. De lá, segue de helicóptero para os estados de São Paulo e Paraná, onde é despachada para os portos de Santos (SP) e Itajaí (SC).

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