Os dois começam a decidir quem será um dos semifinalistas da Copa do Brasil, competição que o São Paulo nunca ganhou e que o Palmeiras venceu quatro vezes, a última delas já sob o comando de Abel, em 2020. O jogo de volta está marcado para a quinta-feira da próxima semana, dia 13, no Allianz Parque.
No ano passado, os dois se encontraram nas oitavas e o São Paulo levou a melhor. O time então comandado por Rogério Ceni ganhou o jogo de ida, perdeu o de volta, mas levou a melhor nos pênaltis num polêmico duelo sobre o qual o Palmeiras reclama até hoje pelo fato de o VAR não ter traçado a linha no lance que resultou na marcação de pênalti em cima de Calleri.
Neste ano, o Palmeiras está invicto diante do São Paulo. Empatou sem gols o clássico pelo Paulistão no Allianz Parque e, no mês passado, derrotou o rival no Morumbi por 2 a 0 em jogo do Brasileirão. Mesmo assim, a equipe tricolor continua sendo um adversário que incomoda Abel Ferreira, tanto que na primeira edição de seu livro, Cabeça Fria, Coração Quente, o treinador revelou que buscava apresentar "algo diferente" nos confrontos com o clube do Morumbi em razão da imprevisibilidade tática do oponente.
O Choque-Rei tem sido marcado pelo equilíbrio. Prova disso são os números do Palmeiras sob Abel Ferreira contra o São Paulo. Em 17 jogos, são seis vitórias, seis empates e cinco derrotas. O retrospecto do português é inferior aos resultados contra os outros rivais do Estado. O time não perde do Santos, por exemplo, desde 2019.
E os dois têm se encontrado com frequência em mata-matas. Se o Palmeiras lamenta ter caído na Copa do Brasil do ano passado, o São Paulo se chateia por ter perdido o título paulista em 2022 para a equipe alviverde, que aplicou 4 a 0 na finalíssima.
Embora tenha vencido recentemente no Morumbi, é um desafio para o Palmeiras derrotar o São Paulo em sua casa. A equipe passa por um período de oscilação, com três jogos sem vitória no Brasileirão.
"Estamos preparados, trabalhamos bastante para poder chegar lá e fazer um grande jogo. São 180 minutos, estamos focados para isso", disse o lateral Mayke.
Ambos devem jogar sem seus centroavantes. Calleri sofre com dores nas costas desde o jogo com o Tigre, pela Copa Sul-Americana, ma semana passada e nem participou dos últimos treinamentos. O argentino é apenas um dos 12 desfalques que terá Dorival Junior, que prefere valorizar os que estão à sua disposição, sobretudo os garotos oriundos da base.
"O que me deixa muito satisfeito é que vejo a equipe entrando com cinco garotos da base, formados aqui, vários desfalques, estamos com dez ou 12 jogadores no departamento médico, e o São Paulo vem dando uma ótima resposta independente da escalação, das substituições, todo mundo tem entrado com muita segurança, determinado em busca de resultados", disse o técnico.
Já Rony torceu o tornozelo contra o Athletico-PR e é improvável que esteja em campo. As baixas certas são Zé Rafael e Atuesta, machucados, além de Artur, que não pode jogar a competição por ter defendido o Red Bull Bragantino em fases anteriores.
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