Para a Procuradoria, representada por Rafael Bozzano, os “fatos são incontroversos" pela punição com perda de um mando de campo e ele também defendia multa.
O advogado do Corinthians, Daniel Bialski, pediu a absolvição do clube e disse que não há dolo no cântico homofóbico dos corintianos contra os são-paulinos. Segundo ele, ainda é parte de uma cultura de 30 anos do futebol brasileiro.
– Todos repudiam qualquer tipo de discrimação, preconceito, intolerância, discurso de ódio, mas tem que se analisar o elemento subjetivo. A sociedade mudou, mas isso não quer dizer que se trata de homofobia. Essa provocacao que existe, existe também do São Paulo contra o Corinthians, do Flamengo contra o Flumiense.
– Não necessariamente existe dolo a se dizer “isso é homofobico, de extrema gravidade”. Não é de extrema gravidade. Não tem dolo. É canto para provocar time e incentivar o outro time. Muito diferente de caso de racismo, como aconteceu com o Vini Jr lá fora. Ali houve dolo, chamando o jogador de macaco – defendeu o advogado corintiano.
– Temos que sair desse julgamento raiz para o nutella, por assim dizer – disse o auditor, concordando com a punição em uma partida sem torcida para os corintianos.
O presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, disse que a punição precisa ser acompanhada em outros julgamentos.
– Frequentei arquibancada em estádios antigos. Antes, nós tínhamos cultura distinta, mas a vida agora é diferente, o respeito é diferente. Existe hoje patamar de respeito mútuo muito maior, do que podia ser considerado de pequena ofensa, uma piada. Por isso o tribunal tem mudado seu patamar. A legislação também mudou. Estão todos totalmente atentos a isso – disse o presidente do STJD, José Perdiz.
– Temos que sair desse julgamento raiz para o nutella, por assim dizer – disse o auditor, concordando com a punição em uma partida sem torcida para os corintianos.
O presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, disse que a punição precisa ser acompanhada em outros julgamentos.
– Frequentei arquibancada em estádios antigos. Antes, nós tínhamos cultura distinta, mas a vida agora é diferente, o respeito é diferente. Existe hoje patamar de respeito mútuo muito maior, do que podia ser considerado de pequena ofensa, uma piada. Por isso o tribunal tem mudado seu patamar. A legislação também mudou. Estão todos totalmente atentos a isso – disse o presidente do STJD, José Perdiz.