"Teve um jogo que o Guardiola colocou o Zinchenko de falso 9. Sabe qual jogo? Paris Saint-Germain, em casa, pela Champions (Liga dos Campeões). Coisa de louco. Um dia antes, ele não colocou o Zinchenko para treinar lá, eu estava treinando de atacante. O Zinchenko até brinca comigo: 'eu fiquei mal por você'. Duas horas antes do jogo, ele deu o time... Nem comi, fui direto para o quarto chorando, liguei para a minha mãe: 'quero ir embora, vou para casa'. Só tinha eu para colocar e ele colocou um lateral-esquerdo. Fiquei maluco com ele."
"Com 5 minutos do 2º tempo, o Mbappé fez um gol. Ele (Guardiola) me chamou. Eu entrei, dei assistência e fiz um gol. Ganhamos de 2 a 1. No outro jogo, eu pensei que ia jogar. Não joguei", afirmou.
Apesar da situação triste, Gabriel Jesus sabe que melhorou nas mãos de Guardiola. No período em que esteve com o treinador espanhol, o atacante conquistou 11 títulos e passou a ser nome constante na seleção brasileira. "Então, tinha muito essa parada (de não jogar com frequência) com ele. E não é fácil. É muito difícil. Mas o cara evolui, né?", disse o jogador.
Mesmo valorizando o período em que conseguiu crescer com Guardiola, o brasileiro não esconde que existiu um momento de atrito com o treinador. Assim como aconteceu com Thierry Henry nos tempos de Barcelona, o brasileiro reconheceu que o fato de não tocar na bola durante muito tempo em um jogo é algo que incomodava.
"O único atrito que tive com o Guardiola foi esse, de esperar, de ter que não se importar de não tocar na bola, de não participar do jogo. Ele sempre me pedia isso, e isso me incomodava. Teve jogo que toquei três vezes na bola no primeiro tempo. Eu ficava maluco. Mesmo se fosse um hat-trick, eu fico maluco. Eu quero jogar, eu quero estar envolvido", finalizou Gabriel Jesus.