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YouTube remove entrevista em que Bolsonaro fala de venezuelanas



De acordo com mensagens enviadas pelo YouTube aos canais, a entrevista de mais de uma hora de duração foi removida por violar "a política sobre informações médicas incorretas" da comunidade.


O youtuber palmeirense Fernando Baliza, do canal "Não Importa o Que Digam," um dos afetados, criticou a rede social e afirmou em seu Instagram: "A censura começou".


Já o flamenguista Gabriel Reis, do Paparazzo RubroNegro, confirmou em contato com a reportagem do UOL que o conteúdo foi removido também de sua conta. Ele disse que dessa forma o público perde a chance de entender o contexto da fala de Bolsonaro. "Eu, definitivamente, nunca mais falo de política num país com censura", afirmou.


Outro canal afetado foi o vascaíno Futbolaço Podcast. O YouTube não deixou claro o trecho específico que provocou a remoção. É possível que o vídeo tenha sido apagado por outras declarações consideradas falsas do presidente ao longo da entrevista. A fala sobre a condição das adolescentes venezuelanas continua no ar em outros canais.


Declaração provoca indignação e ações no STF Na entrevista aos influenciadores, Bolsonaro afirmou que, durante um passeio de moto pela periferia do Distrito Federal, encontrou um grupo de venezuelanas "bonitinhas" de 14 ou 15 anos, que estavam se arrumando para sair num sábado de manhã. O presidente e candidato à reeleição disse então que "pintou um clima" e se convidou para entrar na casa delas, quando teria constatado que as meninas estariam ali para se prostituir.


Bolsonaro usou a história para criticar o governo de esquerda da Venezuela, mas a expressão "pintou um clima" despertou críticas sobre a conotação sexual do encontro dele, um homem de 67 anos, com as adolescentes.


A expressão "Bolsonaro pedófilo" figurou nos termos mais comentados do Twitter, e o presidente fez uma live na madrugada deste domingo (16) para negar que tenha atração sexual por menores de idade.
Três ações foram protocoladas no Supremo Tribunal Federal para que o presidente se explique sobre a declaração. Enquanto a campanha de seu adversário, Lula (PT), usa o vídeo para criticar o presidente, Bolsonaro impulsiona anúncios no Google para negar que seja pedófilo.


Em reportagem do UOL, uma das venezuelanas visitadas por Bolsonaro negou que as adolescentes retratadas por ele estejam envolvidas em exploração sexual.


Procurado pela reportagem, o YouTube não apontou o trecho específico que motivou a remoção do vídeo dos três canais que primeiro o publicaram.

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