O espanhol de apenas 20 anos vai disputar sua segunda final de Grand Slam na carreira. A primeira foi no US Open do ano passado, quando levantou seu primeiro troféu de Major. Com a vaga na decisão, Alcaraz alcança sua melhor campanha em Wimbledon. Até então, havia atingido as oitavas de final, em 2022. Esta é apenas a sua terceira participação no tradicional torneio britânico.
O tenista da Espanha, com seus 20 anos e 72 dias de idade, se tornou o quarto mais jovem da história a atingir a final de Wimbledon. À sua frente estão lendas como o alemão Boris Becker, campeão da edição de 1985, com apenas 17 anos e 227 dias, e da edição de 1986, com 18 anos e 226 dias; o sueco Bjorn Borg, vencedor em 1976 com 20 anos e 27 dias; e o também espanhol Rafael Nadal, vice em 2006, com 20 anos e 36 dias.
No domingo, às 10 horas (de Brasília), ele vai encarar Djokovic, número dois do mundo e recordista de títulos de Grand Slam, com 23 taças. Mais cedo, o sérvio venceu o italiano Jannik Sinner também por 3 a 0, em 2h46min de duelo.
O confronto entre Alcaraz e Djokovic terá em jogo, além do troféu, a posição de número 1 do mundo. Também vai desempatar o confronto direto, com uma vitória para cada tenista. O último jogo, no entanto, acabou decepcionando a torcida, quando se enfrentaram na semifinal de Roland Garros, em jogo considerado a final antecipada.
Djokovic, que busca seu oitavo título em Wimbledon, levou a melhor por 3 a 1 naquele saibro, mas o espanhol estava visivelmente sem condições físicas a partir do segundo set. E acabou frustrando as expectativas criadas em torno do jogo. Os fãs da modalidade agora terão uma segunda oportunidade para acompanhar uma partida que tem potencial para virar um novo clássico do tênis mundial.
Nesta sexta, Alcaraz mostrou estar em ótima forma, tanto física quanto tecnicamente. Ele conteve o poderoso saque do rival russo desde o início e apostou no tradicional saque e voleio na grama da quadra central, com teto fechado mais uma vez. Com a estratégia, resolvia rapidamente seus games de saque. E também conseguia se destacar nos ralis.
No set inicial, o espanhol obteve uma quebra de saque e não teve o serviço ameaçado em nenhum momento. O roteiro quase se repetiu na segunda parcial, desta vez com duas quebras. Medvedev teve um break point, mas não o aproveitou.
O terceiro set foi o mais equilibrado e imprevisível da partida. A partir da metade da parcial, os tenistas se alternaram em quebras, com quatro em seguida. Alcaraz obteve três, contra duas do russo na soma final e levou a melhor. Ele terminou a partida com 27 bolas vencedoras, contra 24 de Medvedev. E registrou menos erros não forçados: 17 a 19.