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As melhores vinícolas do mundo para o turismo

Vinícola Catena Zapata, na Argentina, é escolhida como a melhor para visitar no mundo A vinícola Catena Zapata foi escolhida a melhor para se fazer enoturismo no mundo.

Por Midia NAS em 15/07/2023 às 14:38:18
A vinícola Catena Zapata foi escolhida a melhor para se fazer enoturismo no mundo. Seu prédio em forma de pirâmide maia já é um ícone da região – divulgação
FOLHA DE S.PAULO
SÃO PAULO – Saiu nesta semana o resultado da terceira edição da lista da World's Best Vineyards, que elege as 50 vinícolas mais interessantes do mundo do ponto de vista do enoturismo. A ideia não é selecionar os melhores vinhos, mas, sim, as melhores experiências. Experiências essas que, claro, também incluem a degustação dos vinhos (mas só vale se for in loco). Este ano, a Catena Zapata, de Mendonça, na Argentina, foi a grande vencedora. Em segundo lugar, as Bodegas de Los Herderos de Marqués de Riscal, em Rioja, na Espanha. Em terceiro, a Vik, no Vale de Cachapoal, no Chile. Na sequência, vem Creation, da África do Sul; Chateou Smith Haut Laffitte, de Bordeaux, na França; Bodega Garzón, de Maldonado, Uruguai; a Montes, do Vale de Colchagua, no Chile; a Schloss Johannisberg, do Rheingau, Alemanha; a Salentein, do Vale de Uco, Argentina, e El Enemigo , Mendonça, Argentina.

Nicolás Catena, pai da atual administradora, Laura Catena, foi o principal responsável por transformar a uva malbec em uma marca argentina. Na famosa pirâmide maia, que tem a Cordilheira dos Andes ao fundo, não só a arquitetura e a topografia impressionam. A vinícola oferece experiências diferentes, muito ricas, como a degustação dos vinhos em barrica, a oportunidade de criar o seu próprio blend e a harmonização de vinho e música.

Cerca de 500 especialistas em vinho, viagens e enoturismo do mundo todo escolheram sete vinícolas da sua preferência cada. As vinícolas mais votadas entraram para a lista. Esses especialistas compõem o que eles chamam de academia. A academia se divide em 22 regiões do mundo (cada qual vale uma cadeira), sendo que cada uma dessas cadeiras é ocupada por um líder responsável por recrutar 36 painelistas.

Pelo menos 25% de cada painel precisa ser renovado a cada edição. Os primeiros colocados de edições passadas passam a integrar uma galeria da fama e deixam de ser elegíveis. Em 2021, a campeã foi a vinícola argentina Zuccardi. Em 2022, a vinícola Antinori nel Chianti Classico, da Toscana, Itália. Entre as regras, está escrito que: “Os membros da Academia devem votar na experiência do vinhedo, não no enólogo”. A beleza dos vinhedos, a arquitetura, a receptividade da equipe, a criatividade das experiências, tudo isso conta.

Prédio em estilo contemporâneo
O arquiteto Frank Gehry projetou o prédio das Bodegas de los Herderos del Marques de Riscal, em Rioja, na Espanha – divulgação

A Europa segue como o destino preferido com 23 vinícolas entre as 50 melhores, mas há vinícolas de todas as partes do mundo, como China, Georgia e Japão . Só do Chile são sete e da Argentina, cinco vinhedos escolhidos. Tem duas uruguaias (Bodega Garzón e Bodega Bouza). Apesar de haver uma cadeira brasileira e alguns painelistas serem daqui, nenhuma vinícola brasileira, no entanto, ficou entre as 50 melhores ou sequer entre as 100 melhores. “O Brasil tem vinícolas com condições de competir”, diz Daniella Romano, que ocupa a cadeira do Brasil. “Mas o concurso tem participantes do mundo inteiro. Participantes fortes. A gente não tem como dizer quem vai ganhar. Talvez o que falte para o Brasil é fazer mais marketing do seu enoturismo.”

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