As instalações do Longcross Film Studios, em Surrey, no oeste de Londres, onde aconteciam as filmagens, se esvaziaram. A paralisação dos 160 mil atores sindicalizados no Screen Actors Guild, o SAG-AFTRA, foi anunciada na última quinta-feira (13).
A primeira parte do longa chegou aos cinemas brasileiros nesta semana.
A paralisação nos EUA, decidida em votação unânime, se junta à greve dos roteiristas, em curso desde o início de maio. As mobilizações têm demandas semelhantes, entre elas está o aumento na remuneração pelos royalties advindos do streaming.
A classe defende que esse pagamento foi reduzido na última década, período em que a indústria dos streamings cresceu.
A outra exigência se refere ao uso de inteligência artificial. Os atores não querem ser replicados digitalmente sem consentimento ou remuneração em qualquer tipo de produção.
Grandes nomes do cinema se mobilizaram após o anúncio do sindicato. O elenco do próximo filme de Christopher Nolan, "Oppenheimer", abandonou a estreia do longa, em Londres. De acordo com o portal Deadline, foi o próprio Nolan quem deu a notícia para a multidão que acompanhava o evento.
Em Hollywood, produções que até então não haviam sido afetadas pela greve dos roteiristas foram interrompidas, por exemplo, "Stranger Things", "Yellowjackets", "The Handmaid's Tale", um spin-off de "Game of Thrones" e "Abbott Elementary".
Os prejuízos podem ser bilionários para Hollywood. Em maio, as primeiras 24 horas de greve dos roteiristas causou à indústria uma perda estimada em US$ 10 bilhões, algo em torno de R$ 48 bi, segundo o site Unilad. Hoje, a perda diária que o estado de Los Angeles pode ter é de US$ 30 mi, ou aproximadamente R$ 143 mi, por dia.
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