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Tribunal do Júri: Jamilzinho e outros dois vão a julgamento popular pela morte de estudante

Nesta segunda-feira (17), deve ter início o julgamento mais aguardado dos últimos anos em Mato Grosso do Sul.

Por Midia NAS em 16/07/2023 às 13:20:17

Segurança reforçada

A expectativa é que o julgamento mobilize mais de 40 pessoas, considerando o efetivo policial à disposição da segurança do prédio do Fórum da Capital, advogados da defesa, promotores, assistente de acusação, o trio de presos e servidores da justiça. Isso sem contar a cobertura da imprensa e o público de espectadores.

Um esquema de segurança prevê que os jurados dormirão em um hotel, além da segurança do magistrado.

O caso

Segundo relatório do Garras, o policial militar aposentado Paulo Roberto Xavier era o verdadeiro alvo da organização criminosa na execução que resultou na morte do seu filho.

A investigação, que culminou na Operação Omertà, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), aponta que o homem apontado como chefe da organização criminosa, o empresário Jamil Name, acreditava que Paulo Roberto Xavier tinha se aliado a um advogado, com quem ele tinha tido um desacordo em negociação de fazendas que pertenceram ao reverendo Moon localizadas em Jardim e em Campo Grande.

Por conta do revés nos negócios, Jamil Name, conforme o relatório da polícia, teria dado ordem para matar o advogado, a esposa dele e seu filho, além do ex-policial militar.

O advogado de defesa da família Name, Renê Siufi, disse na época, que as acusações de que seus clientes lideram a organização criminosa é uma "piada" e que está sendo apresentada somente a versão do Ministério Público. Disse que em juízo, Jamil Name e Jamil Name Filho, apresentarão os esclarecimentos necessários.

Em relação a acusação de que Jamil Name teria dado a ordem para matar o ex-policial militar Paulo Roberto Xavier, disse que não sabe nada a respeito e que seus clientes negam qualquer envolvimento com esse e outros crimes.

Paulo Roberto Xavier, de acordo com a investigação, já era conhecido da família Name. Ele tinha, inclusive, trabalhado como segurança do segundo homem na hierarquia do grupo criminoso, Jamil Name Filho. Foi o ex-policial militar que presenciou a briga entre 'Guri', como era conhecido Name Filho, e o empresário Marcelo Colombo, o 'Playboy', em uma boate em Campo Grande, em 2013.

Testemunhas e investigados relataram à polícia, que por conta dessa briga, que começou porque Colombo pegou um pedaço de gelo no balde de bebidas de Name Filho, e terminou com 'Playboy' empurrando o rosto de 'Guri', teria sido dada ordem de execução do empresário. Colombo foi morto no dia 18 de outubro de 2018, em um bar em Campo Grande.

Mesmo com a prestação de serviço para os Name, a investigação do Garras, aponta que o ex-policial militar entrou na alça de mira da família.

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