Para Tebet, reforma chega para acabar com "manicômio tributário" brasileiro
Em uma pequena pausa entre as plenárias de elaboração participativa do Plano Plurianual (PPA), a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, conversou com o Correio do Estado sobre a aprovação do texto-base da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Reforma Tributária aprovada pela Câmara dos Deputados.
Por Midia NAS em 18/07/2023 às 08:25:22
Em uma pequena pausa entre as plenárias de elaboração participativa do Plano Plurianual (PPA), a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, conversou com o Correio do Estado sobre a aprovação do texto-base da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Reforma Tributária aprovada pela Câmara dos Deputados.
Segundo Simone Tebet, não há ponto negativo na reforma tributária para os estados brasileiros, e mesmo aqueles que produzem matéria-prima, como é o caso de Mato Grosso do Sul, terão crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).
"A reforma tributária chega para acabar com o manicômio tributário que nós temos e que leva a uma carga tributária que é uma das maiores do mundo. Ela tem um impacto direto para os mais pobres, pois, ao diminuir a carga tributária das indústrias, você beneficia o setor que mais gera emprego e renda, consequentemente", pontuou.
Ela projeta que vamos ter um novo ciclo de industrialização no Brasil como um todo, e isso já está acontecendo em Mato Grosso do Sul, onde as indústrias tendem a ficar onde há matéria-prima.
"Podemos pegar como exemplo a questão do minério em Corumbá (MS), das florestas plantadas nos municípios de Três Lagoas (MS), Água Clara (MS), Ribas do Rio Parto (MS) e Inocência (MS), da criação de bovinos de corte em todas as regiões do Estado e do plantio de soja e milho também de norte a sul de Mato Grosso do Sul. Enfim, já temos indústrias mineradoras, de celulose e papel, frigoríficos e processadoras de grãos nesses municípios", ressaltou.
Simone Tebet reforça que essas agroindústrias tendem a ficar em Mato Grosso do Sul e nos demais produtores de matérias-primas. "Os benefícios fiscais já seriam extintos a partir de 2032 por uma legislação anterior, então, a reforma tributária apenas confirmou isso. Paralelo a isso, nós vamos ter um fundo de desenvolvimento regional para as regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste, para obras de infraestrutura", argumentou.
Além disso, prossegue a ministra, nenhum estado ganha e nenhum estado perde quando o Imposto sobre Valor Agregado (IVA) estadual e municipal começar a entrar em vigor, em 2027.
"Primeiro, a reforma tributária já começa a ter impacto positivo a partir do próximo ano, mas a unificação do imposto federal será em 2026 e do imposto estadual e municipal em 2027. Daí em diante, por 20 anos, qualquer estado que por ventura tiver perda de arrecadação, não é o caso de Mato Grosso do Sul, também será compensado por um fundo que será utilizado por conta de estados que a princípio teriam direito a receber maiores valores, mas estarão compensando esses estados menores por esse período de 20 anos", explicou.
De acordo com Simone Tebet, esses estados que são bem menores e, a princípio, tiverem perdas na arrecadação, essas perdas já terão sido superadas e compensadas pelos anos de crescimento do PIB.
"Lembrando que todos os incentivos fiscais estão garantidos e que nós temos que aguardar agora todas as exceções que serão aprovadas no Senado e depois volta para a Câmara dos Deputados, para verificar se há algum outro segmento do setor de serviços que possa ser se sentir prejudicado para ser contemplado", pontuou. Simone alerta que abrir demais o número de exceções na reforma tributária pode "pôr por terra" muitos dos benefícios diretos que a proposta gera para o Brasil, entre eles, o maior crescimento do PIB.
"A PEC pura geraria um crescimento real do PIB brasileiro de 1% ao ano, a partir de 2026. Com as exceções, haverá aumento da alíquota geral e esse ganho do PIB será reduzido para 0,5% ao ano, em cinco anos, a partir de 2026", disse.
Para ela, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não deve antecipar o envio da reforma do Imposto de Renda sem antes combinar com os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
"Imagina você lutar 30 anos por uma reforma. Todos os governos tentaram e não conseguiram. Chega uma hora em que até os mais crédulos se tornam céticos. Agora, por conta da capacidade de aglutinar duas reformas – as PECs 45 [Câmara] e 110 [Senado] –, nunca vi um movimento tão propício para a aprovação", pontuou.
A ministra completa que a reforma tributária diminuirá o contencioso tributário, então, vai diminuir a sonegação e aumentar a arrecadação sem aumentar imposto.
O advogado Rafael da Silva Campos foi eleito em chapa única como o novo Presidente da 11ª Subseção da OAB de Jardim, tendo como vice a advogada Cíntia Fagundes.
O deputado Zé Teixeira (PSDB), 2º vice-presidente da Assembleia Legislativa, está intercedendo junto aos órgãos do Governo do Estado para garantir as estruturas e os serviços básicos necessários à população de Mato Grosso do Sul.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) vai apurar como o tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira, um dos militares que a Polícia Federal (PF) acusa de ter participado do planejamento de um golpe de Estado, em 2022, conseguiu habilitar ao menos duas linhas de telefone celular apresentando cópias de documentos de pessoas com quem não tinha relação e que, segundo os investigadores, não sabiam da fraude.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) vai apurar como o tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira, um dos militares que a Polícia Federal (PF) acusa de ter participado do planejamento de um golpe de Estado, em 2022, conseguiu habilitar ao menos duas linhas de telefone celular apresentando cópias de documentos de pessoas com quem não tinha relação e que, segundo os investigadores, não sabiam da fraude.