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Em delação, Élcio de Queiroz aponta Ronnie Lessa como executor de Marielle Franco e Anderson

Em depoimento à Polícia Federal e ao Ministério Público do Rio de Janeiro, o ex-policial militar Élcio de Queiroz confessou que ele e o ex-policial Ronnie Lessa foram os responsáveis pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista dela, Anderson Gomes, em 2018.

Por Midia NAS em 24/07/2023 às 17:18:23

Em depoimento à Polícia Federal e ao Ministério Público do Rio de Janeiro, o ex-policial militar Élcio de Queiroz confessou que ele e o ex-policial Ronnie Lessa foram os responsáveis pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista dela, Anderson Gomes, em 2018. Élcio de Queiroz fez um acordo de delação premiada e revelou detalhes do crime, que chocou o país e gerou uma série de protestos e manifestações.

Segundo o delator, ele dirigiu o carro usado na emboscada, um Cobalt prata, enquanto Ronnie Lessa disparou contra o veículo onde estavam Marielle e Anderson, com uma submetralhadora. O crime ocorreu na noite de 14 de março de 2018, no bairro do Estácio, na região central do Rio de Janeiro. Além das duas vítimas fatais, a assessora Fernanda Chaves também estava no carro e sobreviveu ao ataque.

Élcio de Queiroz também implicou o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel, na trama criminosa. Segundo ele, Suel fez campanas para monitorar os passos da vereadora e chegou a participar do planejamento da execução. No entanto, no dia do crime, ele foi substituído por Élcio de Queiroz, que assumiu a função de motorista.

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A confissão de Élcio de Queiroz foi divulgada pelo ministro da Justiça, Flávio Dino, em uma coletiva à imprensa na manhã desta segunda-feira (24). O depoimento já foi homologado pela Justiça e pode ajudar a esclarecer os motivos e os mandantes do crime, que ainda são desconhecidos.

Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz estão presos desde março de 2019 na penitenciária federal de segurança máxima de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Eles devem ser julgados pelo Tribunal do Júri, mas ainda não há data definida para o julgamento. Já Maxwell Simões Corrêa foi preso pela segunda vez nesta segunda-feira (24), em uma operação da Polícia Federal que investiga os homicídios de Marielle e Anderson e a tentativa de homicídio de Fernanda Chaves.

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