Em 356 partidas desde 25 de maio de 1930, data do primeiro duelo entre os rivais, o histórico do Majestoso aponta vantagem do Corinthians, que registra 132 vitórias contra 109 do São Paulo. Houve, ainda, 115 empates.
De forma dramática, o Corinthians chegou à semifinal depois de eliminar Remo, Atlético-MG e América-MG, todos nos pênaltis, sempre perdendo a primeira partida e buscando a virada no duelo em sua casa. Desta vez, porém, encara um cenário diferente, um vez que inicia o confronto na Neo Química Arena e decidirá a vaga à final no Morumbi, dia 16 de agosto.
"O primeiro jogo é na nossa casa, para a torcida é fundamental se envolver com nossa equipe", afirmou Luxemburgo, segundo o qual os atletas estão preparados para um duelo "diferente". "Contamos bastante com esse nosso torcedor, e nossos jogadores estão preparados para uma decisão. Sabem que é diferente, a banda toca diferente".
Algo que faz há décadas, Luxemburgo preferiu não revelar quem vai escalar nem como sua equipe jogará o clássico. Não se sabe se ele lançará mão do esquema com três zagueiros, como fez contra o Bahia em Salvador, e em outras oportunidades, ou se vai apostar numa linha de quatro defensores. "O torcedor é torcedor, mas não posso dar vantagem para o adversário sobre o que vou fazer no jogo decisivo", limitou-se a dizer.
Também há mistério na condição clínica de Matias Rojas. O paraguaio deixou o último jogo com um trauma no pé esquerdo e é improvável que jogue. O volante Gabriel Moscardo, de 17 anos, passou por cirurgia de apendicite na quinta-feira passada e também deve ser baixa.
Embora não tenha tido vida fácil em nenhum de seus confrontos, o São Paulo passou por menos drama para avançar de fases. Deixou Ituano, Sport e Palmeiras pelo caminho e tenta dar ao seu torcedor a conquista inédita. Por serem semifinalistas da Copa do Brasil, os rivais já embolsaram R$ 9 milhões cada. Na final, o vice-campeonato vai render R$ 30 milhões e o título, R$ 70 milhões.
A melhor participação são-paulina no torneio foi em 2000, quando o time foi vice-campeão ao perder para o Cruzeiro. A meta é, portanto, voltar à decisão depois de 23 anos.
Um dos trunfos do São Paulo é Dorival Júnior, técnico que já ganhou o torneio duas vezes. Antes de erguer a taça ano passado, com o Flamengo, havia vencido com o Santos em 2010, quando dirigia Neymar, Paulo Henrique Ganso e outros talentos. Conhecido por ser simples e objetivo, o treinador organizou a equipe tricolor com padrão tático, deu confiança para atletas antes questionados e fez o torcedor, machucado pela ausência de títulos importantes nos últimos anos, voltar a ter esperanças.
"Nós vamos buscar o melhor resultado, já que serão dois jogos complicadíssimos, muito difíceis, com o Corinthians sempre um clássico, que para além da importância que tem, tem um grau de dificuldade que apresenta", afirmou. "O São Paulo vai estar preparado para dois grandes jogos, não tenho dúvida disso".
Dorival preservou boa parte de seus titulares no último jogo com o Cuiabá e o clube fez mudanças na logística para priorizar o clássico desta terça. O técnico terá Rafinha de volta. O veterano lateral-direito voltou da Alemanha, onde participou de evento festivo com o Bayern de Munique e treinou sem problemas na segunda-feira.
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