Em setembro, a Alpine teve que ir atrás da AlphaTauri para liberar Gasly, e Helmut Marko foi buscar Nyck De Vries, que foi dispensado justamente antes desse GP da Hungria para a volta de? Ricciardo.
Nesse ano, está todo mundo de olho em uma vaga que, em teoria, não existe. A Red Bull segue, na imprensa e nos bastidores, apoiando Sergio Perez e garantindo que ele fica em 2024. Talvez o carro seja tão bom que, mesmo com as classificações péssimas fez nas últimas etapas, Sergio não vê sendo ativadas nenhuma das cláusulas de rescisão que os contratos de F1 geralmente têm. E, comercialmente, ele tem é um bom nome para a equipe pelos patrocinadores que traz e por representar um grande mercado para a Red Bull.
O time trabalha para 2025, e seu nome principal parece mesmo ser Lando Norris. O inglês tem acordo com a McLaren até o final daquele ano, e Zak Brown espera que as mudanças que têm sido feitas (o time está prestes a começar a usar o novo túnel de vento e simulador, e fez contratações de peso) sejam suficientes para convencê-lo a ficar. E evitar um confronto direto com Max Verstappen dentro de casa.
Na Mercedes, George Russell tem contrato e Lewis Hamilton disse que o anúncio de sua renovação pode ter de esperar até o final do ano, embora as bases estejam acertadas. "Está naquela fase de passar pela mão de advogados".
Curiosamente, seu chefe, Toto Wolff, dando entrevista para uma das crianças que participaram da transmissão infantil que a F1 estreou na Hungria (somente para o Reino Unido e Alemanha), respondeu sobre a duração do contrato pedindo segredo. E a criança revelou na transmissão que ele tinha que o contrato é até o final de 2025. Veremos.
Na Ferrari, Charles Leclerc fica, e Carlos Sainz se vê sem muito espaço para crescer. Seu contrato em Maranello vai até o final de 2024, mas já é hora de começar o jogo de adivinhação de onde abrirão as melhores vagas para um piloto que é bem quisto entre os engenheiros.
COMO ESTÁ A SITUAÇÃO DOS BRASILEIROS?
Essas vagas mais à frente no grid costumam ser fechadas ou pelo menos acertadas com mais antecedência, e não devem abrir mesmo neste ano. Mais atrás no grid, o cenário não é favorável para os brasileiros. Gene Haas não quer saber de estreantes depois de sofrer com Nikita Mazepin e Mick Schumacher, e isso fecha as portas para o reserva Pietro Fittipaldi, mesmo que os elogios públicos que ele recebeu de Guenther Steiner não tenha sido da boca para fora. Fittipaldi fez tempos bastante competitivos durante o teste.
Esse "trauma" de Gene Haas também fecha uma possível porta para Felipe Drugovich, que sabe que o cenário na Aston Martin mudou muito em 12 meses.
Eles agora estão andando bem mais à frente, o que significa duas coisas. Fernando Alonso vai ficar mais tempo no grid e, quando ele decidir se aposentar, o time não vai apostar em um novato. O campeão da F2 de 2022 sabe bem disso e busca alternativas, mas ainda é difícil saber quais vagas serão abertas. Tanto, que ele não descarta continuar como reserva da Aston Martin e correr em outra categoria para se manter ativo ao mesmo tempo. Drugovich já fez dois testes na Fórmula E.
Uma possibilidade para ele é tentar um lugar na Alfa Romeo, no caso do contrato de Guanyu Zhou não ser renovado. O chinês vê possibilidades na Haas, no lugar de Kevin Magnussen, que ainda não foi confirmado e na Williams, embora a permanência de Logan Sargeant, considerada quase impossível poucas semanas atrás, tenha ganhado força.
E há, é claro, a indefinição da AlphaTauri. Daniel Ricciardo assumiu o lugar de De Vries sem qualquer garantia de que continua em 2024, muito menos de que irá subir para a Red Bull em um futuro próximo. Ele na verdade corre para convencer o time de que merece a vaga, sabendo que a Red Bull planeja colocar Liam Lawson por lá. Afinal, depois de ter de ir buscar no mercado Perez, De Vries e o próprio Ricciardo, está passando da hora de Helmut Marko colocar um piloto de sua academia em uma das quatro vagas que tem para isso.
Leia Também: Com arbitragem confusa, Espanha goleia Zâmbia e avança às oitavas