"Os resultados indicam, nitidamente, a grande vantagem na contratação de planos individuais. Ainda que o plano fosse contratado por um valor ligeiramente superior ao de outros tipos de produtos, a limitação dos reajustes protege o consumidor das flutuações de preços subsequentes, que encarecem muito o contrato no médio prazo", conclui o estudo.
"Apesar dessas ligeiras variações anuais, quando comparamos a oscilação de preço médio entre 2017 e 2022, percebemos que todos os aumentos nos coletivos superaram significativamente os dos individuais", comenta Marina Magalhães, analista do programa de saúde do Idec responsável pela pesquisa.
Para Ana Carolina Navarrete, coordenadora do programa de saúde do Idec, a pesquisa evidencia como os planos coletivos acabam se tornando uma armadilha para uma grande parcela dos consumidores do país que acredita estar escolhendo a melhor alternativa.
“Com grande disponibilidade, ao contrário da oferta cada vez mais reduzida dos planos individuais, os coletivos dominam o mercado e acabam se tornando uma bomba-relógio que ao longo do tempo vai aumentando a chance de explodir", ressalta Ana.
Se o período a ser analisado for ampliado, as discrepâncias permanecem. Em uma outra análise, comparando a contratação de um plano de saúde para a mesma faixa etária, em 2015, um consumidor de plano individual veria sua mensalidade crescer 74,62% até 2022. No mesmo período analisado, os planos coletivos empresariais com até 29 vidas tiveram um aumento médio de 148%, ou seja, mais do que dobraram de valor.
Fonte: R7