Os quatro acuados da morte do médico Gabriel Rossi já estão presos me Dourados

Chegaram por volta de 1h30 desta terça-feira (8/8), a Dourados, os quatro assassinos do médico Gabriel Paschoal Rossi, de 29 anos, encontrado morto na semana passada, com mãos e pés amarrados com fios de energia, em uma casa de aluguel por temporada, localizada na Vila Hilda.

Os quatro acuados da morte do médico Gabriel Rossi já estão presos me Dourados

Chegaram por volta de 1h30 desta terça-feira (8/8), a Dourados, os quatro assassinos do médico Gabriel Paschoal Rossi, de 29 anos, encontrado morto na semana passada, com mãos e pés amarrados com fios de energia, em uma casa de aluguel por temporada, localizada na Vila Hilda.

Eles foram identificados como Gustavo Kenedi Teixeira, Keven Rangel Barbosa, Guilherme Augusto Santana e Bruna Nathália de Paiva.

Os acusados – três homens e uma mulher -, foram presos por policiais civis de Dourados e de Minas Gerais, com o auxílio da PRF (Polícia Rodoviária Federal), na manhã de segunda (7/8), no município de Pará de Minas (MG).

O Ligado Na Notícia acompanhou a chegada do grupo e apurou junto ao delegado do SIG (Setor de Investigações Gerais), Eramo Cubas, que está à frente das investigações, que detalhes do caso serão repassados em coletiva de imprensa marcada para as 10h.

Gabriel saiu do plantão e não foi mais visto

Gabriel Paschoal Rossi, de 29 anos, foi visto pela última vez no dia 26 de julho, quando deixou o plantão em um hospital particular de Dourados onde trabalhava e foi para a casa, em que foi encontrado morto. A vítima também era plantonista na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e HV (Hospital da Vida), sendo que deveria ter comparecido para dar expediente nos dias 29 e 30, respectivamente.

O boletim de ocorrência sobre o desparecimento do médico gaúcho foi registrado pela família no dia 3 de agosto. Na ocasião, a polícia foi até a o apartamento do rapaz, que fica no centro de Dourados e lá, encontraram o local intacto.

Crime passional e emboscada

A principal linha de investigação da polícia é que a motivação do crime seja passional, no entanto, é importante deixar claro que o caso não está solucionado e agora, com a prisão dos quatro envolvidos, a expectativa é que tudo seja esclarecido.

Sobre a ida de Gabriel até o imóvel onde foi encontrado morto, o delegado Erasmo Cubas disse que o médico "compareceu lá a pedido de alguém, onde os fatos se desenrolaram. Ele foi sozinho e sem ser forçado".

Além do corpo amarrado, o médico gaúcho já estava em avançado estado de decomposição quando foi encontrado, e também com muitos sinais de espancamento e em meio a sangue.

A polícia aguarda agora o laudo da perícia técnica que vai indicar a causa da morte, se realmente foi asfixia ou provocada por outro objeto.

Casa foi alugada por duas pessoas e ligação "misteriosa"

Outro detalhe que contribui para o reforço da tese de emboscada, é que a residência onde Gabriel foi encontrado morto, havia sido alugada há 15 dias por duas pessoas ainda não identificadas. Elas pagaram adiantado pelo aluguel feito por um aplicativo.

A polícia também informou que no dia 27 de julho, Gabriel recebeu ligação de uma mulher com quem estava se relacionando, sendo esta comprometida e morada em Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai. Além disso, a mulher teria ligação com um criminoso.

Vale destacar que Gabriel saiu do plantão assim que recebeu a ligação. Após o registro do boletim de ocorrência, a polícia rastreou o veículo HB20, que pertencia à vítima, e constatou a viagem de Dourados a Ponta Porã. Inicialmente, havia uma informação de que o carro estava em Guarulhos (SP).

Vizinha sentiu mau cheiro

Talita Nascimento Ferreira, de 27 anos, que mora nos fundos da casa onde Gabriel foi encontrado morto, foi quem acionou a polícia. Ela contou que o HB20 estava em frente ao imóvel há oito dias, sem que ninguém mexesse.

A dona de casa disse que estava sentido cheiro forte na noite de quarta-feira (2/8), e ontem pela manhã, ao passar pelo corredor, viu moscas varejeiras na janela do banheiro.

"Já estava achando estranho aquele carro ali. Cheguei até comentar com alguns vizinhos. Mas em seguida o cheiro começou a ficar forte e vi que tinha algo esquisito por conta dos números de moscas que saiam de dentro da casa e resolvi chamar a polícia", disse Talita.

Ela também mencionou que ficou "chocada depois que descobri que o médico desaparecido estava morto lá dentro".