O QUE ELE DISSE?
Confissão: "Ele [Diego Porfírio] veio até mim no quarto, me chamou para conversar no corredor sobre voltar atrás para eu tomar o cartão amarelo. Veio conversar, eu falei que não queria fazer, não queria, não queria, mas depois acabei aceitando. Falou para mim que o rapaz ia depositar o dinheiro depois do jogo. Fomos para o jogo, aconteceu que eu tomei o cartão amarelo".
Sem pagamento: "Depois da partida, ele me comunicou que tinha falado com o pessoal para que pudessem depositar o dinheiro. Ao longo da semana, não depositaram o dinheiro na minha conta. Falei com o Porfírio que eu queria o contato do rapaz para saber o motivo de não terem depositado".
Arrependimento: "Eles começaram a insistir, depois no CT e no telefone, para que eu tomasse o amarelo contra o Corinthians, que o valor ia ser dobrado. Nesse caso eu falei que não queria fazer mais, estava muito arrependido pelo que fiz. Depois ele falou que, quanto mais ele juntasse jogadores para tomar cartão, ele ganhava mais dinheiro de comissão. Não sei o valor, eu não falei com os apostadores, não tive contato com ninguém. Foi de fato o que aconteceu".
Devolução: "Estou aqui para deixar bem claro que estou à disposição de vocês para devolver o dinheiro".
O CASO DE ALEF MANGA
Alef Manga foi denunciado pelo Ministério Público de Goiás por ter aceitado receber um cartão amarelo na partida entre Coritiba e América-MG, pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2022.
Os apostadores chegaram até o então atacante do Coritiba por meio de Diego Porfírio, que também atuava pelo Coxa na época. Pelo cartão amarelo recebido, Alef Manga recebeu R$ 45 mil.
Após o vazamento de prints envolvendo o nome do atacante em conversas, o Coritiba afastou o jogador, mas acabou o reintegrando após ele prestar depoimento ao MP-GO.
Contudo, o cenário mudou depois da denúncia feita pelo órgão. Alef Manga voltou a ser afastado e, pouco depois, foi emprestado pelo Coritiba ao Pafos.
Réu na operação Penalidade Máxima, Alef Manga pode receber uma pena do STJD. Até o momento, o órgão -que atua apenas no âmbito esportivo- baniu quatro jogadores, suspendeu oito e livrou três.