Vitória dos Santos deu entrada no Hospital Nosso Senhor do Bonfim, em Silvânia, no dia 3 de julho, por volta de 17 horas e, segundo o advogado Jales Gregório, citado pelo site 'G1', estava consciente e conversando. Naquela unidade, o médico receitou-lhe fentanila e midazolam.
Após a superdosagem, no mesmo dia, por volta de 23 horas, a jovem foi encaminhada a um posto de saúde e, no caminho, recebeu mais doses de fentanila e midazolam. Aí, foi constatado um "dano cerebral muito grande".
No dia 5 do mesmo mês, Vitória foi encaminhada ao Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia e o óbito foi declarado no dia 9.
Ao G1, o advogado referiu ainda que a família aguarda o relatório toxicológico da morte de Vitória, mas que a causa preliminar da morte foi uma parada cardiorrespiratória, que causou morte encefálica.
"Eram medicamentos com a finalidade de entubação, não ansiedade. Normalmente utilizam para entubação 1 a 1.2 microgramas de um dos medicamentos, por peso. Ela teria que tomar 50 microgramas, mas foram aplicadas 4 ampolas de 10 miligramas, 2 mil microgramas", explicou.
O médico diretor clínico e a coordenadora de enfermagem do Hospital Municipal de Silvânia foram afastados esta quarta-feira. De acordo com a polícia, a investigação indicou que os profissionais falsificaram documentos para omitir a dosagem, o nome dos medicamentos e até os procedimentos feitos.
"Consta no inquérito que houve uma tentativa de suprimir documentos. O médico preencheu um registo falso sobre o que administrou na paciente. A coordenadora produziu documentos a omitir a quantidade, procedimentos e medicamentos administrados pelas enfermeiras", explicou ainda.