Por meio do acordo, está prevista a continuidade das obras de infraestrutura e urbanismo, travadas desde 2018 por um impasse financeiro entre Caixa e prefeitura. Também haverá expansão da área de investimentos imobiliários do Fundo Porto Maravilha, administrado pela Caixa, com a inclusão do bairro de São Cristóvão no projeto. É prevista ainda uma extensão do prazo de operação em mais 25 anos. A perspectiva é lançar novos empreendimentos residenciais e comerciais, e transformar a região em polo cultural, turístico e econômico.
"Quando recebi a missão de assumir a Caixa, a primeira missão que o presidente me deu foi de que ela voltasse a ser um banco que investisse no desenvolvimento do país. Durante muito tempo, havia questões judiciais com a prefeitura, o que prejudicava a população do Rio de Janeiro. O Porto Maravilha é o maior projeto de reforma urbana do Brasil. E agora volta com mais obras e vai gerar empregos. Só em empreendimento imobiliário há potencial para geração de quase 400 mil empregos no próximo período", disse Maria Rita Serrano, presidenta da Caixa Econômica.O prefeito do Rio, Eduardo Paes, diz que os novos acordos vão permitir retomar o processo de desenvolvimento da cidade e são representativos de uma nova relação que vem sendo construída com o governo federal.
"Essa história tinha sido interrompida e nada mais acontecia. Tentamos negociar com o governo anterior inúmeras vezes. Não faltou reunião. E não conseguimos absolutamente nada. E na segunda semana da nova presidenta da Caixa eu fui lá, discutimos e resolvemos o imbróglio. E o que vai acontecer na prática? Nós estamos permitindo que a Caixa tenha condições de negociar os certificados que permitem fazer prédios e possamos desenvolver a região", disse Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro.
O curso de graduação IMPA Tech vai receber investimentos de R$ 16,7 milhões do governo federal e tem previsão de início das atividades para 2024. O valor vai ser escalonado, com previsão de orçamento de R$ 22,9 milhões no segundo ano, R$ 41,7 milhões no terceiro e R$ 55,9 milhões no quarto. Recursos que também servirão para contratar funcionários e pagar bolsas aos estudantes.
Um dos critérios do processo seletivo será o resultado dos estudantes na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP), criada em 2005 durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Na época em que veio a ideia de criar a Olimpíada de Matemática, algumas pessoas se colocaram contra, com o argumento simples de que o pobre e a criança de escola pública não tinham interesse em saber matemática. Eu resolvi encarar o desafio", disse Lula. "Eu aceitei a proposta de fazer essa faculdade agora porque o país não pode mais aceitar que os gênios sejam formados e trabalhem lá fora, quando podemos fazer isso aqui dentro. E não existe investimento mais barato do que em educação. Porque é a educação que vai garantir que esse país seja o que a gente sonha há tanto tempo".