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Mais de 60% das famílias recusam doação de órgãos em Dourados

A doação de órgãos pode salvar muitas vidas.

Por Midia NAS em 12/08/2023 às 08:22:19

A doação de órgãos pode salvar muitas vidas. Cada doador beneficia, em média, cinco pessoas. Entretanto, a falta de aprovação da família ainda é um empecilho para quem está na fila dos transplantes. Hoje, mais 60% das famílias negam a doação de órgãos em Dourados.

Dados da CIHDOTT (Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes) do Hospital da Vida de Dourados, mostram que neste ano já teve 19 pessoas com morte encefálica aptas para doação de órgãos, contudo 12 delas (63%) a família recusou a doação, enquanto 7 ocorreu a doação de órgãos.

No ano passado não foi diferente. Das 16 pessoas aptas a doar órgãos, apenas 5 foram autorizadas pela família. Já em 2021, foram 7 aptas e 3 captações de órgãos realizadas.

A fila de espera para a doação de órgãos é única no Brasil e na Central Nacional de Transplantes são mais de 50 mil pessoas, entre crianças e adultos, que aguardam doação de órgãos.

Os transplantes mais comuns são: rim, fígado, pâncreas, coração, pulmão e intestino, nessa ordem. Além dos órgãos, tecidos como córnea, pele e ossos podem ser doados.

Para o diagnóstico da morte encefálica é preciso uma série de exames clínicos e informações para as famílias. Após confirmação do óbito por Morte encefálica, e aceite da família em fazer a doação os exames clínicos são enviados para as centrais que rastreiam na fila de espera quem é compatível e poderá se beneficiar da doação.

O Hospital da Vida em Dourados é a unidade referência em captação de órgãos na cidade. A última captação ocorreu quarta-feira (9), de uma mulher de 58 anos, moradora de Itaporã, que sofreu um AVC hemorrágico evoluindo pra morte encefálica. A captação foi dos rins, que foram encaminhados para São Paulo e das córneas, que foram para Campo Grande.

O procedimento foi executado pela CIHDOOT. "É fundamental que o doador converse com os seus familiares e manifeste a sua vontade em vida. Doar órgãos é um ato de amor e generosidade. Agradecemos a família e deixamos a nossa gratidão pela doação", destacou a enfermeira do Hospital da Vida, Jaqueline Foppa.

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