A Associação de Futebol da Inglaterra (FA, na sigla em inglês) abriu investigação para apurar possível envolvimento de pessoas próximas a Lucas Paquetá com apostas esportivas.
Assim, o meio-campista do West Ham acabou retirado às pressas da lista de Fernando Diniz, que fez no início da tarde desta sexta-feira (18) sua primeira convocação desde que assumiu a Seleção Brasileira.
A informação veio a público pelo jornal inglês Daily Mail. A reportagem entrou em contato com o estafe de Paquetá, que afirmou que ele não fará comentários sobre o assunto.
As apostas ocorreram em um jogo em que Paquetá esteve em campo. A Inglaterra fiscaliza com rigor o setor de apostas. No país europeu, jogadores e pessoas do entorno não podem apostar.
Recentemente, o atacante Ivan Toney, do Brentford, acabou suspenso por 8 meses de todas as atividades relacionadas ao futebol por violar regras de apostas esportivas no país.
West Ham e CBF aguardam investigação para se posicionar sobre Paquetá
Assim, West Ham e a CBF esperam pelo desenrolar da investigação para tomar uma posição. Então, Fernando Diniz foi perguntado sobre Paquetá e confirmou que o meia saiu de última hora da lista devido à investigação aberta pela federação inglesa.
"Paquetá estava na lista. É um jogador que eu gosto muito. É uma questão de preservação, deixá-lo resolver essas questões, que excedem o jogo. Deixá-lo mais à vontade para resolver era o mais adequado a fazer", argumentou o treinador.
"Tivemos estes problemas aqui no Brasil. Isso precisa do fator tempo para que as coisas se esclareçam. [Paquetá] é um jogador que eu adoro, embora nunca tenhamos trabalhado juntos. A CBF vai estar com as portas abertas para recebê-lo assim que ele resolver positivamente essas questões que tivemos de última hora", acrescentou.
Mais tarde, ele foi perguntado novamente sobre Paquetá e, em tom mais ríspido, avisou que falaria sobre o assunto pela última vez. Então, disse que a decisão de removê-lo da convocação foi dele.
"A CBF não tem interferência na decisão", disse. "Conversei com o presidente Ednaldo. Combinamos de não fazer nenhum julgamento. Estamos preservando o Paquetá para ele resolver com a maior tranquilidade possível. Não falo mais sobre o assunto".