O veículo capotou às 2h50, enquanto retornava para Taubaté, em São Paulo. No total, havia 43 passageiros, 36 ficaram feridos e sete morreram no local.
A torcida havia viajado para ver o time jogar contra o Cruzeiro, em Belo Horizonte, na noite do sábado (19). O ônibus levava torcedores da subsede da Gaviões da Fiel do Vale do Paraíba, em São Paulo.
Segundo informações do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, antes de atingir um barranco e capotar, o condutor do veículo teria gritado que o ônibus estava sem freio. Os trabalhos de remoção das vítimas ainda estão em andamento.
De acordo com o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, seis pessoas recusaram atendimento médico e outras 27 foram conduzidas por unidades de resgate dos bombeiros, Samu e Polícia Militar.
A equipe médica do hospital João XXIII, no centro de Belo Horizonte, afirmou que dois dos torcedores acidentados foram encaminhados para a unidade. Um é homem, chegou de aeronave e seu estado é considerado estável. Sobre o outro, não souberam confirmar gênero e nem estado de saúde. A unidade anunciou que informações mais detalhadas serão comunicadas na segunda-feira (21).Às 9h15 da manhã, o trecho da rodovia onde ocorreu o acidente seguia com interdição total. Segundo a Arteris, concessionária responsável pela Fernão Dias, eram cinco quilômetros de congestionamento no sentido São Paulo. Mais tarde, por volta de meio dia e meia, liberaram uma das faixas para fluxo dos veículos e contabilizavam sete quilômetros de congestionamento.
Uma das vítimas presentes informou que, pouco antes do acidente, o ônibus fez uma parada em um posto de combustível e, logo após, desceu a serra. Segundo o homem que preferiu não se identificar, parte dos passageiros estavam dormindo quando o motorista gritou que o freio não estava funcionando.
O sobrevivente diz ter pensado que pudesse ser uma brincadeira porque estavam na serra, mas logo percebeu que o ônibus ganhou velocidade e até chegou a desviar de um caminhão, mas precisou se jogar num barranco, virando de lado e se arrastando por, aproximadamente, 30 metros.
Próximo ao local na hora do acidente estava o assessor de responsabilidade social e cidadania do Corinthians, Anderson Araújo. Ele foi com o carro pessoal até Minas Gerais para acompanhar a partida. “Vimos toda a movimentação mas, a princípio, pensamos que era briga entre torcidas. Quando vimos as pessoas desesperadas e muita gente machucada, entendemos que era um acidente e fomos ajudar”, relata.
O assessor informou ainda que o Corinthians custeará o translado das vítimas liberadas e que precisarem de transferência para outros hospitais, além da locomoção e funeral dos torcedores que morreram.
Segundo a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), o ônibus que capotou era irregular porque não estava registrado nem tinha autorização para fazer viagem interestadual.
Nas redes sociais, o Corinthians se solidarizou com os familiares das vítimas em comunicado.
Em nota de pesar, o presidente do conselho deliberativo do Corinthians, Alexandre Husni, lamenta o ocorrido e diz que o time está à disposição dos familiares das vítimas e dos envolvidos no acidente. “Oferecemos também nossa integral colaboração às autoridades que apuram o ocorrido e trabalham no apoio às vítimas e suas famílias”, informa.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), torcedor do Corinthians, também prestou condolências aos familiares e amigos das vítimas em suas redes sociais.
A Confederação Brasileira de Futebol lamentou o acidente em nota publicada em rede social. “Enviamos os mais sinceros sentimentos aos familiares, conhecidos das vítimas e torcedores do Corinthians”, informou o comunicado assinado por Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, que anunciou ainda a ida do presidente do time paulista, Duílio Monteiro Alves, até Minas Gerais.