A representação analisou se foi ético o uso no anúncio de vídeo recriando a imagem da cantora e se era preciso informar ao espectador de que se tratava de uma peça feita por inteligência artificial.
Após sessão virtual, o colegiado do Conar considerou improcedente a alegação de que a figura da artista teria sido desrespeitada, uma vez que os herdeiros dela autorizaram o uso. Além disso, diz o órgão, Elis aparece fazendo algo que fazia em vida.
Os conselheiros também decidiriam arquivar a denúncia sobre uma suposta falta de transparência no uso da inteligência artificial. "No caso específico, foi respeitada, reputando que o uso da ferramenta estava evidente na peça publicitária", disse o órgão em nota.
O processo ético foi aberto depois de queixa de consumidores que "questionam se é ético ou não o uso da inteligência artificial para trazer pessoa falecida de volta à vida como realizado na campanha".
O processo analisou se herdeiros podiam autorizar o uso da imagem de uma pessoa que já morreu para uma peça criada por meio de IA em cenas das quais ela não participou em momento algum de sua vida e que são, na verdade, ficcionais.
Na propaganda, Elis Regina aparece dirigindo uma velha Kombi e, como se ainda estivesse viva, faz dueto com a filha dela, Maria Rita, que comanda um outro automóvel.
A publicidade gerou grande polêmica nas redes sociais. Além do uso da inteligência artificial, foi lembrado que Elis sempre combateu a ditadura militar no país, enquanto a VW apoiava o regime.