O presidente da comissão, Áureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), e o relator, deputado Ricardo Silva (PSD-SP), decidiram pedir à Justiça a condução coercitiva do ex-atleta a fim de obrigá-lo a comparecer à Câmara dos Deputados.
"Não resta outra alternativa que não seja requerer ao juízo competente, nos termos legais, a condução coercitiva da testemunha para que possa prestar esclarecimentos a essa comissão", disse Ribeiro.
O pedido será enviado à primeira instância da Justiça Federal no Rio Grande do Sul, onde o ex-atleta reside.
O ex-jogador foi convocado para apurar se tinha vínculo com a empresa 18k Ronaldinho, que prometia retornos de 2% por dia com dinheiro investido em criptomoedas e investimentos na bolsa de valores. O percentual poderia subir para 7% se o cliente indicasse mais uma pessoa para participar.
Para tudo isso, usava a marca de Ronaldinho Gaúcho, inclusive no nome. Roberto Assis, irmão e empresário de Ronaldinho, compareceu à CPI também na condição de testemunha e negou participação de qualquer membro da sua família no esquema da empresa.
Os retornos, muito acima do mercado, não se realizavam na prática. Ronaldinho foi convocado para depor à CPI na condição de testemunha, o que o obriga a comparecer. Ele e seu irmão entraram com habeas corpus no STF (Supremo Tribunal Federal) para não precisarem prestar depoimento e, em resposta, a corte decidiu apenas que eles poderiam ficar em silêncio caso quisessem, que não precisariam produzir provas contra si mesmos.
Ronaldinho já havia faltado à convocação na última terça-feira (22).