O concurso terá provas objetivas, discursivas e de títulos. Das vagas, 20% são reservadas a quem se autodeclarar negro — ou seja, preto ou pardo — e 5% são destinadas a pessoas com deficiência, conforme a lei nº 8.112/1990. As inscrições custam R$ 120 para consultor legislativo e consultor de orçamento e fiscalização financeira e R$ 95 para os demais cargos.
Em 3 de dezembro, ocorrem as provas objetivas e a prova discursiva para as atribuições de contador, analista de informática legislativa, técnico em material e patrimônio, assistente social, enfermeiro, farmacêutico e médico. No mesmo dia, os candidatos às atribuições de consultor legislativo e consultor de orçamento e fiscalização financeira farão as provas objetivas.
Já em 10 de dezembro serão aplicadas as provas objetivas e a prova discursiva para os candidatos à atribuição de técnico legislativo e as provas discursivas para consultor legislativo e consultor de orçamento e fiscalização financeira.
Acesse aqui a íntegra do edital do concurso, que contém todos os detalhes sobre a realização do exame.
Para conquistar a estabilidade no cargo, é preciso passar pelo período de estágio probatório, que é de três anos.
Atualmente, a Câmara tem 14.508 funcionários, mas a minoria é de concursados: são 2.540, segundo o Portal da Transparência da instituição — o que corresponde a 17,5% do total. A maioria — 9.613, ou 66,25% — é composta de secretários parlamentares, que são indicações diretas dos deputados federais.
A seleção foi autorizada em 24 de maio pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL). A última seleção da Câmara havia sido em 2014 e teve 60 cargos para agente de polícia legislativa e 53 para consultor legislativo.
“Tendo em vista a necessidade de recomposição da força de trabalho da Câmara dos Deputados, em especial ante os cargos vagos já existentes, bem como a expectativa de aposentadorias até o ano de 2026, a Mesa Diretora autoriza a realização de concurso público para o provimento de cargos efetivos da Casa”, diz o despacho.
Fernando Mesquita, analista legislativo da Câmara dos Deputados e professor do Gran Cursos, diz que ainda dá tempo de começar a se preparar. “Começar hoje é melhor do que não começar. A aprovação não depende só da prova em si, mas também do empenho do candidato, da qualidade dos materiais e do estudo dele”, afirma.
“Uma prova dessas para 99% das pessoas talvez exija um, dois, três anos de estudos, mas haverá pessoas que não estão na média que precisarão de muito menos tempo e outras que precisarão de mais. Estamos falando de um dos concursos mais sofisticados do país, reflexo da remuneração. Claro que a prova, por si, chamará candidatos dos mais diferentes calibres, e isso aumenta a qualidade da concorrência”, explica Mesquita.
A “grande dica” para a banca FGV, de acordo com o professor, é “resolver muitas questões, estudar português bastante (o português da FGV elimina muitos bons candidatos), ser esperto na hora de ler os textões, sem ficar perdendo tempo demais, e já tentar avaliar nas questões onde pode estar o erro”.
Administrar o tempo de prova também é necessário. “É uma prova extremamente cansativa, textos longos, muitos detalhes. É importante começar pela disciplina de que você mais gosta e em que mais tem facilidade, para conservar energia para as mais difíceis ao final”, aconselha.
Fonte: R7