"É um sonho realizado ver o povo nordestino tendo água tratada. A gente não pode ficar dependendo de carro-pipa, que quando o governo tá de bom humor, manda, quando não está de bom humor, não manda e o povo que se dane", disse Lula no evento.
Ao todo, o ramal do Apodi, que corresponde ao trecho quatro da transposição, tem 115 quilômetros de extensão, e atenderá 54 municípios da Paraíba, do Ceará e do Rio Grande do Norte, beneficiando uma população de 750 mil pessoas, segundo estimativas do governo. Até agora, 27% do projeto está concluído, com o emprego direto de 1,5 mil trabalhadores. A previsão é que as obras sejam concluídas em 2025.De acordo com o ministro Waldez Góes, da Integração e Desenvolvimento Regional, a retomada das obras só foi possível porque o governo incluiu recursos que não estavam previstos.
"Ao voltar [ao governo], o presidente Lula encontrou uma realidade bem complicada. A maioria das obras quase sem previsão de recurso", afirmou. Góes destacou que o novo PAC, no eixo Água para Todos, reservou R$ 32 bilhões para diversas obras de infraestrutura hídrica, que vão contemplar não apenas a transposição, mas a revitalização das bacias do Rio São Francisco e a instalação de cisternas em comunidades rurais. "Precisamos revitalizar as bacias e as fontes da água e construir cisternas para comunidades extrativistas e quilombolas", enfatizou.
"Vamos deixar o mais belo legado de segurança hídrica para o Rio Grande do Norte", afirmou a governadora do estado, Fátima Bezerra. Esta é a primeira visita de Lula ao Rio Grande do Norte como presidente no terceiro mandato.
Pela manhã, em Fortaleza, Lula participou da cerimônia comemorativa de programas de microcrédito produtivo e orientado do Banco do Nordeste (BNB). Após o périplo pelo Nordeste, Lula retorna ainda nesta sexta para Brasília, onde passa o fim de semana.
No mesmo evento, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que as expectativas sobre o crescimento da economia brasileira seguirão surpreendendo àqueles que creditam o avanço à sorte do presidente Lula. "Não é sorte, é trabalho, projeção e a certeza de que o Brasil é um país capaz", disse Rui ao comentar o crescimento de 0,9% do Produto Interno Bruto [PIB, soma dos bens e serviços do país] no segundo trimestre de 2023, anunciado mais cedo pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
"Vamos crescer mais de 2% neste ano. No ano que vem, o Novo PAC potencializará o crescimento do Brasil, gerando mais emprego e renda", finalizou.