Projeto do Banco Central irá apenas “representar digitalmente” o real brasileiro, o que é totalmente diferente de criptomoeda
O Banco Central (BC) anunciou o Drex no último dia 7 de agosto. A moeda digital passará pelos primeiros testes em maio de 2024.
Nesse sentido, muitas dúvidas da população ainda rondam o Drex. Uma delas é a de que a criação será “a criptomoeda do Brasil”, como o bitcoin, por exemplo. Porém, isso não é verdade.
No projeto do BC, a ferramenta será, na verdade, a "representação digital" do real. "É uma representação digital do real, [da moeda] da vida física. Então, essa representação digital, por definição, já tem paridade com o real", afirma Marcelo Bentivoglio, diretor-executivo financeiro da empresa de tecnologia bancária Qi Tech.
O Banco Central informou que cada R$ 1 valerá 1 Drex. Isso é a paridade a que Bentivoglio se refere.
Inclusive, essa é outra grande diferença do futuro Drex para as criptomoedas. O principal intuito e diferencial do bitcoin, usando o mesmo exemplo, é justamente ter uma emissão descentralizada. Ou seja, não há nenhuma instituição que controle esse meio de pagamento.
"O que o Banco Central fez aqui com o Drex não foi o lançamento de uma nova moeda. Esse é o ponto central da discussão. O que difere esse sistema do Banco Central para uma cripto é que uma cripto nada mais é do que uma nova moeda", mostra Marcelo Bentivoglio.
A moeda virtual oficial ainda está em fase inicial de desenvolvimento. A expectativa é que o Drex seja lançado no fim de 2024.
Fonte: R7