O temporal que atingiu grande parte do sul, sul-fronteira, leste e centro de Mato Grosso do Sul na tarde da segunda-feira (04) deixou estragos em diversos municípios. Casas foram destelhadas, árvores caíram e fios de energia foram rompidos, entre outros prejuízos que ainda estão sendo calculados pelas Prefeituras Municipais.
Entre as mais afetadas pela mudança no tempo estão Dourados, onde já houve o reconhecimento do Governo do Estado do decreto de Situação de Emergência, Jardim, Guia Lopes da Laguna e Porto Murtinho. No caso destas três últimas localidades, o interrompimento da energia durou cerca de 13 horas.
De acordo com a concessionária de energia elétrica de Mato Grosso do Sul, a Energisa-MS, somente na madrugada desta terça-feira (5) o restabelecimento do serviço foi concluído. O abastecimento da rede foi cortado porque houve a queda de duas torres de transmissão na zona rural.
Para conseguir retomar a ligação, houve reforço de equipes no atendimento aos clientes da região. O município de Nioaque também foi afetado pela falta de energia. Os trabalhos de reparo ocorreram de forma ininterrupta até o início da madrugada. A partir de 00h58, a energia começou a ser restabelecida nas áreas afetadas por meio de estruturas provisórias.
“Os reparos foram de alta complexidade e a dificuldade de acesso tornou a execução do serviço ainda mais desafiadora. O atendimento contou com suporte, inclusive, de maquinários pesados e guindaste para adequação das torres de transmissão, derrubadas pela força dos ventos”, explicou a empresa através de uma nota à imprensa.
A Defesa Civil de Mato Grosso do Sul apontou que os ventos atingiram a velocidades de mais de 100 km/h em algumas regiões. Em Dourados, as rajadas alcançaram 82,8 km/h no início da tarde. O mesmo aconteceu em Aral Moreira, onde foram confirmadas até 77,4 km/h, e em Sete Quedas, com 75,6 km/h.
Em Caarapó, as rajadas chegaram aos 70 km/h e derrubaram galhos de árvores, principalmente na área rural. Uma usina sucroenergética também foi atingida e um vídeo mostra a poeira sendo levantada e levando telhas, calhas e outros objetos para longe. No centro da cidade, o galho de uma árvore caiu em cima de um carro.
Conforme explicou o Cemtec/MS, o vendaval aconteceu devido ao avanço de um cavado, aliado ao intenso fluxo de calor e umidade. Essas instabilidades atuaram na região sul e avançaram para as regiões central e leste do estado.